Seis policiais militares, incluindo o suposto líder da quadrilha, foram presos nesta sexta-feira, 7, acusados por diversas explosões de caixas eletrônicos em Curitiba e região metropolitana, além de envolvimento na tentativa de explosão do caixa eletrônico do Banco Itaú no sábado, dia 1º, em Três Barras, no qual três pessoas morreram e cinco pessoas foram presas. De acordo com o Comando de Operações Especiais (Cope) da Polícia Civil, foram oito meses de investigação que culminaram em 22 mandados de prisão. Além dos seis já presos, um sétimo policial militar também pode ser detido ainda neste fim de semana. A informação é do portal Banda B.
Entre as ações que levaram o Cope até a quadrilha está o confronto dos bandidos com policiais em Rio Branco do Sul no dia 11 de outubro. Neste caso, o irmão de um dos policiais militares, André Kubis da Silva, foi preso logo após ser baleado.
Segundo o secretario de Segurança Pública do Paraná, Leon Grupenmacher, um dos presos trabalhava para a Central de Operações Policias Militares (Copom) e repassava informações erradas para as equipes de plantão enquanto a quadrilha agia em outro ponto de Curitiba. “O principal problema neste caso é que os 22 acusados vão responder pelo mesmo crime que um ladrão de galinha, mas a formação de quadrilha e o uso dos explosivos podem aumentar a pena deles”, disse.
Coordenador da operação o delegado do Cope, Luiz Alberto Cartaxo, disse que a quadrilha era estruturada e outros suspeitos já estão presos. “Durante todo o período de investigação, outros suspeitos já haviam sido presos, mas não divulgamos para não interferir na operação”, explicou.
Os nomes dos policiais militares envolvidos não foram divulgados, mas o Cope tem cinco dias para verificar o envolvimento já que este é o prazo da prisão preventiva.
O delegado regional de Canoinhas, Wagner Meirelles, disse desconhecer a informação de que havia envolvimento de policiais militares no assalto ocorrido em Três Barras. “Dentro da nossa linha de investigação não temos essa informação”, afirmou.