O primeiro ataque na segunda-feira, 28, vitimou o policial canoinhense Joacir Roberto Vieira
Santa Catarina já acumula 18 ataques à segurança pública nas últimas 30 horas. Fontes experientes do setor policial e prisional ouvidas pela reportagem do jornal Diário Catarinense apontam que estão em andamento nas últimas semanas atentados criminosos a mando de lideranças da facção nascida nos presídios catarinenses no começo dos anos 2000. O bando protagoniza desde 2012 ondas de violência no Estado e seus principais chefes estão em presídios federais. O primeiro ataque na segunda-feira, 28, vitimou o policial canoinhense Joacir Roberto Vieira.
A Polícia Civil de Santa Catarina divulgou neste sábado, 2, uma nota oficial sobre os ataques no Estado. O comunicado, assinado pelo delegado geral da Polícia Civil, Artur Nitz, elenca cinco tópicos que discorrem sobre a atuação dos agentes “diante de grupo criminosos”. Leia a íntegra:
“Diante de grupos criminosos tentando desafiar o Estado e os últimos acontecimentos registrados e amplamente divulgados pela mídia catarinense, a Polícia Civil de Santa Catarina reforça:
1. Atualmente, as investigações estão em andamento e não podem ser reveladas para não prejudicar a responsabilidade dos envolvidos;
2. A Polícia Civil enfatiza que trabalhos investigativos são primordiais para que esses grupos sejam punidos e que a instituição está intensificando seus trabalhos nas 459 unidades espalhadas em SC;
3. O Estado já passou por situações similares em outros anos e prevaleceu sobre o crime. A Polícia Civil, em outros episódios, forneceu base para o Poder Judiciário condenar membros de facções – com condenações superiores a 2 mil anos;
4. Destaca-se também que mais de 300 mandados foram cumpridos contra envolvidos em atentados em Santa Catarina nos últimos anos. Em 2017, a Polícia Civil já prendeu os envolvidos no assassinato do policial militar de Joinville, inclusive com a prisão do mandante no Paraná em menos de 72 horas;
5. Apreensões de drogas e armas, que são o mantimento dessas organizações, também são diariamente alvos da PC-SC. Só em três meses, neste ano, a Polícia Civil apreendeu mais 16 toneladas de maconha, em ações integradas, além de farto armamento que seria utilizado para atentados.
Por fim, a Polícia Civil de Santa Catarina ressalta que não medirá esforços e continuará combatendo os grupos criminosos em prol da sociedade Catarinense, apurando infrações penais, protegendo e resguardando direitos e garantias individuais.
Delegacia Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, 2 de setembro de 2017.
Artur Nitz
Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina”
PM
O comandante da Polícia Militar no Estado, coronel Paulo Henrique Hemm, também divulgou nota na manhã deste sábado, 2:
“Sobre os acontecimentos da última semana em Santa Catarina, a Polícia Militar esclarece que:
1. A pronta-resposta firmada entre a polícia militar, os demais órgãos da Secretaria de Segurança Pública e a sociedade em identificar e prender os responsáveis pela morte dos policiais militares, já começou a ser dada com a prisão de suspeitos envolvidos nos crimes de Joinville e Camboriú;
2. As operações desencadeadas de forma simultânea em todo o Estado estão apresentando resultados expressivos contra os crimes praticados;
3. O alcance de bons resultados só foi possível através do trabalho de cada um dos policiais deste Estado, que além de não recuarem um centímetro sequer no enfrentamento ao crime, respondem a ele caminhando ao lado da lei e técnica policial militar, demonstrando todo seu conhecimento e preparo;
4. A Polícia Militar continuará com as operações, sempre alterando os locais, as metodologias e os tipos de abordagem, de forma a surpreender a criminalidade e proporcionar a devida segurança ao povo Catarinense. Contem sempre conosco.
Quartel do Comando-Geral, 2 de setembro de 2017.”