Polícia Civil prende 68 pessoas por violência doméstica no Estado

Foram mobilizados mais de 350 policiais civis das 30 Delegacias Regionais do Estado

 

 

 

A Polícia Civil realizou nesta quarta-feira, 27, a Operação Marias para frear os índices de violência doméstica em Santa Catarina. A mobilização resultou em 68 prisões, 24 mandados de busca e apreensão e 1.218 fiscalizações de medidas protetivas, conforme balanço divulgado às 19h. Também foram apreendidas armas e munição com suspeitos. Na Comarca de Canoinhas quatro pessoas foram presas.

 

 

 

Foram mobilizados mais de 350 policiais civis das 30 Delegacias Regionais do Estado. As prisões são preventivas ou de sentença definitiva, determinadas pela Justiça, e motivadas por crimes como violência sexual, estupro de vulnerável, ameaça, descumprimento de medida protetiva e posse irregular de arma de fogo.

 

 

 

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 27, o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Koerich, destacou a ação como forma de reduzir os índices de feminicídios e de prevenção à violência contra a mulher no estado. “Há um ditado popular que diz que em briga de marido e mulher a gente não mete a colher, mas em Santa Catarina a Polícia Civil mete a colher sim. Nós defendemos as vítimas, temos programas de conscientização, ações sendo realizadas pelas Delegacias da Mulher, eixos temáticos, seminários e, principalmente, contamos com a população para que faça as denúncias para a polícia poder agir”, ressaltou o delegado-geral.

 

 

 

A coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMIs), Patrícia Zimmermann, enfatizou que os policiais continuarão nos próximos dias em busca do cumprimento de todos os mandados judiciais. No total, a Polícia Civil esperava cumprir 81 mandados de prisão expedidos pela Justiça contra suspeitos de violência doméstica, 23 mandados de busca e apreensão e 1.211 fiscalizações de medidas protetivas.

 

 

 

“O importante é que as vítimas possam ter a certeza de que a Polícia Civil está aqui para proteger essas mulheres e que atua incessantemente em defesa delas. Estamos dentro dos 16 dias de ativismo e hoje é uma operação nacional, quando as Delegacias da Mulher têm se mobilizado para cumprir essas ordens judiciais em um incremento maior dessas ações”, disse a delegada.

 

Entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira/Secom

 

 

SOBRE A OPERAÇÃO

O nome “Marias” faz referência a Maria da Penha Maia Fernandes, vítima emblemática de violência doméstica, referencial na luta em defesa dos direitos das mulheres e cujo nome é emprestado à lei “Maria da Penha”. A operação tem caráter nacional em parceria com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia (CONCPC) e é realizada também em outros estados.

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