De fato, números de contaminados teve um aumento expressivo durante a campanha
CAMPANHA E PANDEMIA
“O povo está morrendo em Canoinhas por falta de responsabilidade da prefeitura, falta de planejamento, sabiam da segunda onda, mas a preocupação era as eleições !!! Só resta rezar pra não precisar da saúde que virou um caos, lamentável descaso total, imperdoável essa atitude de mandar embora pessoas que precisam fazer exames que já estavam agendados. Que paguem particular para a população!” O comentário, reação uma reportagem publicada nesta terça-feira, dia 1º, no JMais, que mostrou que faltam exames na Central Covid em Canoinhas, é apenas um exemplo de como a população local está indignada com a forma como os gestores trataram a pandemia durante o período eleitoral. “Tá aí, agora o que fazer se já não tem exames pra fazer, logo não haverá vaga no hospital, aí fica meu questionamento: era tão necessário ter eleições, não poderiam adiar mais um pouco? E todos sabem que em outubro e novembro não se falava do vírus e agora estão todos loucos e pessoas morrendo e nós ficamos com o receio, com medo e com muito dó das famílias que perderam seus entes queridos por essa doença e aí o que vai ser feito? Vão fazer mais ala covid?”, postou outra internauta.
Sim, houve aglomeração, principalmente provocada pelas festas da vitória dos eleitos. Não, não se deixou de informar a população sobre casos de covid-19 durante o período eleitoral. Basta rolar o especial coronavírus que o JMais publica desde o início da pandemia e ver que diariamente havia divulgação. Se os prefeitos não foram às rádios e redes sociais alertar a população, é porque a legislação eleitoral os proíbe, sob risco de terem as candidaturas (no caso dos candidatos a reeleição) impugnadas. Bom lembrar, só nas dez cidades do Planalto Norte, seis prefeitos disputaram a reeleição.
Estes são os fatos, que podem ser julgados de diferentes maneiras pela população.
De modo geral, as pessoas estão com medo e reagem atacando. Querem culpar a política (não sem alguma razão) por um problema que é de todos. Se a população foi para a frente dos comitês comemorar a vitória dos eleitos creio que não foi obrigada. Se recebeu e tomou chimarrão com candidatos, tinha a opção de dispensá-lo gentilmente no portão. Salvo as crianças (que não votam), os demais têm maturidade o suficiente para se afastar do risco que representava aglomerar.
Há de se pontuar que neste período eleitoral houve dois feriados (12 de outubro e 2 de novembro) que foram marcados por fotos nas redes sociais de gente grassando pelas praias lotadas do litoral catarinense. Stories, curtidas e comentários do tipo “Você merece” a exaustão. Todos merecemos descansar, não é um crime ir à praia, tomar um sol e tomar uma cerveja, mas não é o momento. O prefeito pode não ter ido à rede social e ao rádio dizer “fique em casa”, mas isso não significa que as informações foram censuradas. Estavam inclusive nas redes sociais. De modo geral, nós, seres humanos, tendemos a nos apegar a narrativas que, mesmo sabendo falsas, se comprovam nossas crenças, nos abraçamos a elas incondicionalmente. Foi assim na pandemia: “Se o prefeito está na rua fazendo campanha, então eu posso ir à praia”. OK, mas quando você estiver agonizando engatado a um respirador te faltará forças para culpar o prefeito pelo teu infortúnio.
DADOS
Requerimento aprovado ontem na Câmara de Vereadores de Canoinhas pede que a Secretaria de Saúde do Município encaminhe semanalmente um boletim à Casa de Leis informando as ações do Município relacionadas ao combate à covid-19.
TOMÓGRAFO
O presidente da Câmara de Canoinhas, Paulinho Basilio (MDB) sugeriu ontem que o Município use R$ 1 milhão que devem ser devolvidos ao Executivo como economia da Câmara para comprar um novo tomógrafo, já que o existente no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) do Hospital Santa Cruz está estragado.
REGIÃO

Vereadora Zenici Dreher (PL) lembrou que a região precisa discutir os problemas do Hospital Santa Cruz. Ela lembra que há outros equipamentos com vida útil comprometida no CDI e que a questão precisa ser discutida regionalmente, já que o CDI atende à região.
Apesar de atender a rede SUS, o CDI ocupa boa parte do tempo atendendo a exames particulares. Pode, imagino, ajudar a comprar um novo tomógrafo.
PELA SEGURANÇA

Vereador Cel Mario Eringer (PL) fez um discurso inflamado nesta terça clamando por leis mais rígidas no sentido de punir crimes como o assalto ao Banco do Brasil ocorrido em Criciúma. Ele lembrou que, se presos, os membros da quadrilha podem ainda responder ao crime em liberdade.
FEAS
Projeto de lei aprovado nesta terça-feira, dia 1º, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa estabelece novos critérios de repasse de recursos aos municípios, por intermédio do Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS-SC). A proposta prevê que o Estado atenda prioritariamente os municípios com Indice de Desenvolvimento Humano mais baixo. O projeto de lei é de autoria do deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB). O texto segue agora para a análise da Comissão de Finanças e Tributação.
DEFESO
A Comissão de Turismo e Meio Ambiente aprovou, nesta terça-feira , dia 1º, o projeto de lei que trata da campanha publicitária de alerta para a população sobre o período de defeso em Santa Catarina. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o defeso é a paralisação temporária da pesca para a preservação das espécies.
ANIMAIS

Três projetos de lei que tratam de proteção dos animais foram aprovados nesta terça-feira, dia 1º, pela Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa. Todas as propostas são de autoria do deputado Marcius Machado (PL).
Uma delas altera o Código Estadual de Proteção aos Animais para incluir nas vedações expressas na lei as rinhas de galo e de cães, o abandono de animais e a prática de zoofilia. A proposta também torna mais pesada a multa para quem comete as infrações. Os outros PLs aprovados buscam garantir a oferta de alimento e água aos animais que estão na rua e a conscientização dos direitos dos animais domésticos e silvestres nas escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio.
As matérias agora seguem para votação no Plenário.
SIGILO
Está pronto para votação no Plenário o projeto de lei do deputado Coronel Mocelin (PSL) que dispõe sobre o sigilo das informações pessoais dos agentes públicos da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria da Administração Prisional. O texto recebeu uma emenda na Comissão de Segurança Pública. A alteração foi analisada e admitida pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta terça-feira, dia 1º.
A CCJ também recomendou a rejeição do veto total ao PL de autoria da CPI da Ponte Hercilio Luz, que condiciona a emissão de ordem de serviço em obras públicas e serviços de engenharia à conclusão da fase executória de desapropriações.
COVID
A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa irá promover debate, nesta quarta-feira, 2, sobre a vacinação contra a covid-19 e a logística de imunização em Santa Catarina.
A reunião será feita virtualmente, às 9 horas, e contará com a presença do secretário de Estado da Saúde, do presidente da Federação Catarinense dos Municípios (Fecam), do presidente do Conselho de Secretarias Municipais (Cosems/SC), do procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina e do presidente do Conselho Estadual de Saúde.
Para o deputado Neodi Saretta (PT), que é o presidente da Comissão, é necessário que Estado faça parcerias para a aquisição da vacina e imunização da população.
Para acompanhar a reunião você pode acessar o canal do Youtube da TVAL.
REJEITADOS
Os deputados estaduais rejeitaram, nesta terça-feira, vetos do governador do Estado a dois projetos de lei aprovados pela Assembleia Legislativa: o que estabelece prioridade na destinação de equipamentos de proteção individual, os EPIs, para profissionais de saúde; e o que cria normas para evitar a propagação da dengue e da febre amarela em Santa Catarina.
REGIME ESPECIAL
Foi aprovado na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, o Projeto de Lei de autoria da deputada Marlene Fengler (PSD), que autoriza o regime especial de atendimento, para fins de renda e emprego, às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. O objetivo da proposta é abranger todas as formas de violência doméstica, e não somente conjugal, como previa o texto da lei 14203 de 2007.