As duas votações – o afastamento da vice e do governador Carlos Moisés – ocorreram separadamente
Com abstenção do presidente da Casa, Julio Garcia (PSD) e com 33 votos a favor e seis contra a Assembleia Legislativa aprovou o relatório da CPI que pede o impeachment do governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Mais cedo, por 32 votos a favor e sete contrários, a Assembleia Legislativa decidiu por aprovar o relatório que pede o impeachment da vice-governadora, Daniela Reinehr. As duas votações – o afastamento dela e do governador Carlos Moisés – ocorreram separadamente. Somente Marcius Machado teve votos divergentes – a favor de Daniela e contra Moises.
VOTAÇÃO DO PEDIDO DO IMPEACHMENT DE DANIELA
Sete deputados votaram a favor da vice-governadora: Coronel Moccelin (PSL), Marcius Machado (PL), Altair Silva (PP), José Milton Schaeffer (PP), Vicente Caropreso (PSDB), Bruno Souza (Novo) e Paulinha (PDT). Com exceção de Machado, os demais foram a favor de Moisés.
VOTAÇÃO DO PEDIDO DO IMPEACHMENT DE MOISÉS
Agora, uma comissão julgadora mista será instaurada em até cinco dias para analisar a denúncia. Se eles optarem por rejeitar a denúncia em até dez dias depois de instaurada a comissão, o processo é arquivado. Do contrário, Moisés e Daniela são afastados por 180 dias.
A partir de então, estabelece-se um novo processo dentro da comissão. Com sete dos 10 votos a favor do impeachment, Moisés e Daniela são afastados definitivamente.
REAÇÃO
Moisés emitiu uma nota comentando sobre a derrota sofrida na Alesc. Leia na íntegra:
“O governador Carlos Moisés lamenta a decisão da Assembleia Legislativa de dar prosseguimento ao processo de impeachment nesta quinta-feira, 17. A pressa com a qual o presidente do Parlamento estadual levou o tema a plenário revela tão somente os interesses políticos daqueles que buscam o poder para fins pessoais e não respeitam o voto dos catarinenses, atentando contra a democracia.
O chefe do Executivo estadual permanece confiante na Justiça e no discernimento dos desembargadores e deputados que irão apreciar a questão a partir da formação do Tribunal Misto. A ação se baseia em um frágil argumento que não tem justa causa legal e tampouco
apresenta qualquer irregularidade praticada pelo governador, conforme já aferiram o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado.
Apesar dos ataques e das tentativas de desestabilização, o governador se mantém firme na missão de gerir o Executivo estadual para o bem dos catarinenses. Orgulha-se de uma administração que já economizou mais de R$ 360 milhões para os cofres públicos com revisão de contratos, inovação e desburocratização de processos. Os investimentos, o desenvolvimento econômico, a saúde e o bem-estar da população seguem como prioridade.”