Foto: Caravana canoinhense ao lado de Mauro Mariani na posse como presidente do PMDB na segunda-feira, 19, em Florianópolis. Do lado esquerdo de Mariani, prefeito Beto Faria e sua esposa Larissa. Já do lado direito, Paulo Basílio, que assessora a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado; presidente municipal do PMDB, Alessandro Décio Damaso, que deve ser reeleito neste fim de semana em convenção do partido; e vice-prefeito Wilson Pereira.
A posse de Mauro Mariani na presidência do PMDB na segunda-feira, 19, marca definitivamente o fim da era Luis Henrique da Silveira no partido. Mariani sempre demonstrou muito respeito pelo maior líder que o partido teve em SC, mas também sempre deixou claro suas divergências com o mestre. Os dois tiveram inúmeras discussões sobre apoiar ou não a reeleição de Raimundo Colombo (PSD). LHS venceu.
A presidência do partido para Mariani, de certa forma, cumpre o último desejo de LHS, que havia prometido a Mariani que a vaga para disputar o Governo em 2018 seria dele. A novidade é que o vice-governador Eduardo Pinho Moreira não deve resistir à candidatura de Mariani. Deve se contentar em assumir o governo por oito meses em 2018, quando Colombo já avisou que vai deixar o cargo para concorrer a uma vaga no Senado.
Essa tratativa inviabiliza uma candidatura do PSD. Como o partido vai lançar um candidato contra o governo, se de fato ainda é governo?
Como em política tudo pode acontecer, por mais incoerente, vai que isso acontece. A princípio, Colombo deve indicar Milton Hobus ou João Paulo Kleinubing para a vice de Mariani. Mas e Gelson Merísio?
Ao perceber que o presidente da Assembleia Legislativa estava colocando as manguinhas de fora, criticando a estrutura administrativa do Governo e praticamente se lançando como candidato a seu sucessor, Colombo tratou de neutralizar o aliado e já diz em alto e bom som que tem interesse em manter a parceria com o PMDB. Chegou a ameaçar exterminar as Secretarias de Desenvolvimento Regional (SDRs), mas aos 45 do segundo tempo optou por transformá-las em agências. Tudo para manter o PMDB ao seu lado.
A estratégia de Colombo faz sentido. Como candidato a senador em 2018, não pode descartar o apoio do PMDB. Resta saber se conseguirá convencer seus correligionários de que essa é a melhor alternativa para o PSD.
UnC x IGP
O chefe do Instituto Geral de Perícias (IGP) de Canoinhas, Marco Antonio Bubniak, reclama que está prestes a perder estagiários que fazem carteiras de identidade porque a UnC não manifesta interesse em renovar os contratos.
O pró-reitor da UnC Canoinhas, Luiz Alberto Brandes, rebate dizendo que a UnC tem contratos com empresas e não com o IGP. O pró-reitor estranhou o fato de Bubniak reclamar na Câmara de Vereadores e não ter procurado a pró-reitoria. Bubniak diz que mandou emails para Mafra e não obteve retorno.
De qualquer forma, Brandes diz que os contratos estão sendo revistos, mas têm garantia de manutenção até o final do ano.
Para 2016, tudo depende dessa revisão. Embora Bubniak diga que os estagiários não custam nada para a UnC, Brandes diz que o custo anual é de R$ 20 mil.
Avaliação
O PMDB canoinhense tem uma leitura diferente do fortalecimento do PR em Canoinhas. Para o partido governista quem perdeu foi o PSD, esvaziado do dia para a noite.
O partido avalia, ainda, que isso favorece o PMDB, já que o partido até agora não perdeu nomes de peso e sabe que o PSD jamais será seu parceiro em 2016, considerando que Beto Passos foi para a sigla justamente para ser candidato a prefeito. O PR, por outro lado, ainda não decidiu de que lado está.
Fica ou não fica
Por mais contraditório que possa parecer, prefeito Beto Faria (PMDB) não se incomoda com a presença do PSD no seu governo, considerando que Beto Passos (PSD) já é seu virtual adversário. A interlocutores, tem dito que não se incomoda nem mesmo com a possível adesão do PR à candidatura de Passos. Nesta semana, Faria voltou a afirmar que ainda não é candidato a nada. A conferir.
RÁPIDAS
ADIADA: A volta de Elói Quege (PP) ao posto de prefeito de Três Barras ficou para terça-feira, 27
TOPA OU NÃO TOPA?: O PMDB trabalha para trazer Osmar Oleskovicz para seu reduto, prometendo, inclusive, a Secretaria de Educação ao hoje pessedista.
EX DE PASSOS: O partido governista trabalha também para trazer o PT para a composição em 2016.
CRISE ÉTICA: O PMDB já bola uma estratégia para colar Beto Passos a infidelidade. Quer explorar o fato de ele ter deixado o PT quando o partido passava por maior dificuldade.
FILIAÇÃO: Adilson Steidel, dono do Supermercado que leva seu sobrenome, se filia no PMDB neste fim de semana. Quer ser candidato a vereador.
RETALIAÇÃO: A família Pereira, que tem parentesco com Steidel, diz que quer transferir os votos que diz ter conseguido para Wilmar Sudoski para Steidel, caso Sudoski continue rebelde com o governo.
DE 20 A 27/10: Deputado Aguiar desfraldou a bandeira do Contestado na tribuna da Alesc, em alusão à Semana do Contestado.