20 de abril de 2020
Folha de S.Paulo
“Não queremos negociar”, diz Bolsonaro em ato pró-golpe
Em cima da caçamba de uma caminhonete, diante do quartel-general do Exército e se dirigindo a uma aglomeração de apoiadores pró-intervenção militar no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou neste domingo (19) que “acabou a época da patifaria” e gritou palavras de ordem como “agora é o povo no poder” e “não queremos negociar nada”.
“Nós não queremos negociar nada. Nós queremos ação pelo Brasil”, declarou o presidente, que participou pelo segundo dia seguido de manifestação em Brasília, provocando aglomerações em meio à pandemia do coronavírus. “Chega da velha política. Agora é Brasil acima de tudo e Deus acima de todos.”
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O Estado de S.Paulo
‘Não queremos negociar’, diz Bolsonaro em ato pró-ditadura
Em meio a apoiadores da intervenção militar, convocados pelas redes sociais para manifestação no Dia do Exército, Bolsonaro subiu ontem o tom de confronto com o Congresso e o STF. Ele gritou palavras de ordem contra a “velha política”, disse que a “época da patifaria” tinha acabado e afirmou, diante de pedidos pelo fechamento do Parlamento: “Nós não queremos negociar nada, nós queremos é ação pelo Brasil”. E continuou: “É agora o povo no poder. Vocês têm a obrigação de lutar pelo País de vocês”. A fala do presidente, que causou aglomeração na frente do QG do Exército em Brasília, foi vista por políticos como uma tentativa de escalada autoritária no momento em que ele perde apoio e a crise provocada pelo novo coronavírus se agrava. Também causou “enorme desconforto” na cúpula militar. Um general avaliou que lugar escolhido para o ato “não poderia ter sido pior”.
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O Globo
Governo fará mapa de brasileiros já imunizados
O Ministério da Saúde vai começar a mapear os brasileiros que já foram imunizados pela Covid-19. Estudo coordenado pela Universidade Federal de Pelotas com o apoio do Ibope realizará testes rápidos de detecção de anticorpo sem 99.750 pessoas de 133 cidades de todo o país, a partir da semana que vem. O objetivo é obter dados para balizara decisão sobre um relaxamento nas medidas de distanciamento social, quando isso for possível. Governadores de sete estados já definiram critérios parau ma reabertura gradual da economia.
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