PRF ainda não concluiu BO de acidente ocorrido há uma semana

Carolina morreu logo depois do acidente na BR-280                                                                    

 

Uma semana depois do grave acidente que vitimou Carolina Guedes dos Santos , 21 anos, na BR-280, em Canoinhas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) ainda não liberou o boletim de ocorrência do caso. Legalmente a corporação teria cinco dias úteis para tanto, mas segundo a PRF as circunstâncias do acidente ainda não foram bem esclarecidas. Na terça-feira, 29, o JMais publicou reportagem na qual a testemunha Anselma Sampaio detalha o acidente. Na mesma terça-feira, a família de Carolina esteve no posto da PRF em Canoinhas atrás do boletim, mas ouviu que ainda não havia sido concluído.

 

Na quinta-feira, 31, o policial rodoviário Adriano Pereira telefonou para a família de Carolina pedindo com urgência que eles levassem as testemunhas até o posto para depor. Rapidamente a família contatou Anselma, que aceitou ir até o posto prestar o depoimento. No posto ouviram do policial que o caso estava bastante confuso e difícil de concluir, contudo, ele precisava encerrar o BO naquela noite porque só retornaria ao trabalho na segunda-feira, 4. De fato, ele não concluiu o documento, segundo a PRF, o que deve ocorrer nesta segunda.

 

TESTEMUNHAS

Conforme Anselma relatou ao JMais, o motorista de um C4 que invadiu sua garagem para escapar de uma colisão na traseira do Uno onde Carolina estava, foi testemunha ocular do acidente. No entanto, nem Anselma nem o motorista do C4 foram ouvidos no dia do acidente, segundo ela.

 

Renato da Silva, que dirigia o Uno que colidiu contra a Eco Sport, já está consciente, mas não se lembra do acidente. Na sexta-feira, dia 1º, os familiares contaram para ele da morte de Carolina. “Ele chora e se sente culpado pela morte dela”, conta a madrasta de Carolina.

 

Renato segue na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Cruz e deve passar por nova cirurgia nas pernas na terça-feira, 5. Ele morava com Carolina há quatro anos. Há pouco tempo o pai de Renato, que ele ajudava financeiramente, conseguiu se aposentar, o que havia deixado o casal animado, fazendo planos de reformar a casa onde morava.  Renato é funcionário do Sesc de Canoinhas. Carolina trabalhava na cozinha terceirizada da empresa CIA Canoinhas. “O pai dela trabalha na CIA também, então via ela todo dia, ele está arrasado”, conta a madrasta.

 

 

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