Paralisação segue por tempo indeterminado
Professores que integram o Sindicato do Magistério da Rede Municipal de União da Vitória, iniciaram nesta terça-feira, 12, uma greve. A deflagração acontece na Estação União. A paralisação segue por tempo indeterminado. Lembrando que serventuários da educação (diretores, secretários, zeladoras), seguem com expediente normal nas escolas.

A repórter Jaqueline Castaldon conversou com o presidente do Sindicato do Magistério da Rede Municipal de União da Vitória, Márcio Utzig, a respeito da paralisação.
Como está a situação?
Márcio – A situação é aquela que nós não queríamos que chegasse. Nós estamos aqui fazendo uma greve pela razão e não pelo coração. Pelo coração nós queríamos estar na escola atendendo nosso objetivo principal que é o aluno. Diante das circunstâncias, de dois anos de conversas, uma greve feita no ano passado por um dia, nós não chegamos a evoluções nas reivindicações e infelizmente chegamos a esse ponto. Os professores estão aderindo ao movimento à maioria. Sabemos do prejuízo que isso traz aos alunos, mas estamos lutando justamente para melhorar a qualidade de ensino na nossa cidade e também temos o apoio da maioria dos pais, da sociedade, em relação as nossas reivindicações.
Os pais foram avisados através de um bilhete enviado ontem para casa?
Márcio – Os pais foram avisados de todas as formas, inclusive pela imprensa que prontamente nos atendeu. Avisaram através de uma carta aberta confeccionada pela própria entidade sindical, também por bilhete, pelos professores, depois do horário no portão entregando esse informativo. Nós usamos de todos os mecanismos possíveis para conscientizar os pais sobre essa paralisação.
Não sabemos ainda se a adesão é total ou não. São apenas algumas horas desse encontro. A maioria das escolas não está funcionando hoje?
Márcio – Nós sabemos que o direito da greve é um direito subjetivo. Não podemos obrigar ninguém. Os professores entendem isso porque conversei com todos eles, mas eu vejo que a maioria dos nossos professores entendeu que esse momento não é para confrontar, não é para parar para descansar. Muito pelo contrário, aqui na greve nós cansamos muito mais do que se estivéssemos na sala de aula. Enfim, chegamos a esse ponto e vamos continuar nessa luta.
A greve segue por tempo indeterminado?
Márcio – Sim. Ainda hoje é o primeiro dia, no decorrer do movimento, seguindo as negociações, se chegar a um denominador, se voltamos para as escolas ou se continuamos com o movimento.
O Sindicato espera alguma manifestação por parte da prefeitura já nessa terça-feira, 12?
Márcio – Sim. Estamos abertos ao diálogo, esperando que o Executivo traga algo novo para nós, que converse, que abra um diálogo para nós podermos chegar a um ponto de encontro e avançarmos na negociação.