Por 13º salário, profissionais do Samu entram em greve em Santa Catarina

Em Canoinhas, atendimento segue normal, mas há possibilidade de que servidores entrem em greve

 

 

Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) entraram em greve em cidades de Santa Catarina. A principal reinvindicação é o pagamento do 13º salário, que não foi efetuado pela empresa responsável pelo serviço, a OZZ Saúde, contratada pelo Governo do Estado. Até esta terça-feira, 22, a paralisação inclui profissionais que atuam nas regiões Norte, Nordeste e Sul catarinense. Os trabalhadores operam em escala de revezamento, com cerca de 30% de pessoal. Em Canoinhas, segundo funcionários, o serviço segue normal, mas pode haver paralisação.

 

 

 

O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Saúde Pública Estadual e Privado (SindSaúde/SC) e e dos trabalhadores do Samu, emitiu nota explicando que a Justiça do Trabalho publicou uma liminar, bloqueando valores nas contas bancárias da OZZ Saúde. O valor bloqueado corresponde à quantia não paga do 13º salário dos trabalhadores e trabalhadoras e visa garantir que cada um receba seus pagamentos. O documento prevê que a inadimplência da empresa pode, inclusive, desobrigar o governo do estado de repassar a parcela contratual à OZZ.

 

 

 

Essa liminar é fruto de uma ação judicial movida pelo SindSaúde/SC em benefício dos trabalhadores e trabalhadoras do Samu que atuam na Grande Florianópolis. Os assessores jurídicos do sindicato, Dr. Gustavo Cani e Dra. Aline Dall’Azen, responsáveis pela ação que garantiu a liminar, explicam que “a ação judicial segue para além da liminar, já que depois de garantir os pagamentos a todos os trabalhadores e trabalhadoras do Samu, precisamos garantir que a OZZ pague as multas e seja responsabilizada pelos danos que tem causado aos seus funcionários”.

 

 

 

São várias as irregularidades levantadas pelos trabalhadores contra a OZZ, sendo uma das mais graves a falta de concessão e pagamento de férias atrasadas aos trabalhadores. Com as denúncias encaminhadas pelo SindSaúde/SC ao Ministério Público do Trabalho e depois que a OZZ faltou há duas audiências no MPT, o órgão encaminhou ação civil pública contra a empresa.

 

 

 

 

“Os trabalhadores do Samu, já lesados pela terceirização do serviço, se veem em uma situação cada vez mais precária em relação à OZZ, que em ações como essas, demonstram desrespeito a dignidade de seus trabalhadores, que cumprem um serviço ainda mais essencial em tempos de pandemia. O bloqueio dos bens é um passo importante para assegurar o pagamento de seus benefícios, mas não se encerra aí. Não iremos desistir até que todas as irregularidades sejam solucionadas e os direitos de cada um e cada uma sejam reconhecidos!”, diz o SindSaúde em nota.

 

 

 

 

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