Programa estimula plantio alternativo na entressafra do fumo

Janeiro é o mês em que os fumicultores desocupam o solo                                                        

 

Foi renovado no final do ano passado o Programa Milho, Feijão e Pastagens após a colheita do tabaco em Santa Catarina.

Com mais de três décadas, o programa acontece em toda a Região Sul e, na safra passada injetou cerca de R$ 650 milhões na economia com o plantio de 152 mil hectares de milho e feijão na resteva do tabaco. Estimativas do SindiTabaco indicam que em Santa Catarina, o programa aumentou a renda dos produtores em mais de R$ 200 milhões. Na última safra, mais de 65 mil hectares da área plantada de tabaco foram destinados, após a colheita, à produção de milho, feijão ou pastagem no Estado.

O secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, explica que, após a colheita do tabaco, o solo fica fértil e reduz os custos de produção de grãos e pastagens. “Meu pai foi proprietário da primeira estufa de fumo no Oeste de Santa Catarina, por isso que eu sei como o solo fica produtivo após a colheita”, lembra.

 
Neste início de ano, as lavouras de tabaco desocupam as áreas e os produtores ficam com espaço disponível para cultivar feijão, milho e pastagens até o início do inverno. O plantio após a colheita do tabaco reduz os custos de produção dos grãos e pastagens, pois ocorre o aproveitamento residual dos fertilizantes aplicados. Assim existe uma redução de custo na produção de proteína (carne, leite e ovos). Outros benefícios são a proteção do solo contra a erosão e a interrupção do ciclo de proliferação de pragas e ervas daninhas.

O vice-presidente de Produção e Qualidade de Tabaco do SindiTabaco, Claudimir Rodrigues, destaca que intenção do Programa é levar o desenvolvimento econômico, social e ambiental aos produtores de tabaco do Sul. “Com a diversificação de culturas, os agricultores são estimulados a investirem em outras atividades que podem vir a se tornar importantes fontes de renda para a propriedade rural”, afirma.

O secretário adjunto, Airton Spies, ressalta que com a diversificação de culturas, o agricultor protege o solo, otimiza os recursos e ainda evita a proliferação de pragas e ervas daninhas. “Queremos estimular os agricultores a aproveitarem a terra da melhor forma possível”.

Para operacionalizar o programa em Santa Catarina, além dos orientadores das empresas associadas ao SindiTabaco, a Secretaria da Agricultura oferece a assistência técnica aos produtores, através da Epagri, e fornece as sementes de milho, por meio do Programa Terra-Boa. A Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), e as Federações da Agricultura e dos Trabalhadores na Agricultura também são parceiros na execução do Programa.

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