Secretário de Planejamento detalhou projeto desenvolvido pela Secretaria para a abertura do espaço
O secretário de Planejamento, Rafael Roeder, apresentou nesta segunda-feira, 18, na Câmara de Vereadores de Canoinhas, o projeto de abertura do calçadão da rua Felipe Schmidt, no centro de Canoinhas. Roeder disse que o calçadão da rua Felipe Schmidt já teve grande importância para o Município, mas hoje, por passar muito tempo sem manutenção, alguns pontos de pavimentação em pedras petit pavet estão soltos, não permitindo tráfego seguro. Ele lembra que não há estacionamento, nem pista para ciclistas, “o que causa conflito com pedestres” e prejudica o comércio local.
Roeder afirma que a proposta visa tornar o local mais agradável. A princípio, a rua terá sentido duplo com estacionamento pontual (apenas em determinados pontos da via) “visando valorizar o comércio local”. O secretário frisa, no entanto, que o sentido pode ser único se o plano de mobilidade apontar essa necessidade.
O projeto da nova pista privilegia calçadas largas com piso tátil “para manter uma característica do calçadão”, explica Roeder. Há ainda uma ciclovia com canteiro arborizado para proteger os ciclistas.
A arborização da margens da via será com ipês brancos, porque no inverno essa espécie de árvore perde suas folhas e no verão as folhas reduzem o impacto dos raios solares. “Por não ter raízes agressivas e não atingir grandes dimensões é excelente para embelezar calçadas, parques e praças”, justifica.
Há espaços, ainda, para bicicletários, lixeiras e floreiras.
QUESTIONAMENTOS
Vereador Paulinho Basilio (MDB) elogiou o projeto, mas lembrou que há um movimento global pelo aumento dos espaços para pedestres, a fim de reduzir a utilização de automóveis. “Mas o que mais me preocupa é o custo dessa obra. Não adianta começarmos uma obra bonita que não terá fim. Muita gente está reclamando da obra da praça Lauro Muller. Me preocupa se essa obra é viável”, argumentou.
Roeder lembrou que a obra já foi licitada, conforme noticiou o JMais, ao valor de R$ 2,2 milhões. O valor contempla, no entanto, trechos de outras três ruas. A empresa Paviplan Pavimentação Ltda tem prazo de seis meses para concluir as obras.
Paulo Glinski (PSD) lembrou que o calçadão já foi desfigurado há muito tempo. “O calçadão matou o comércio da Felipe Schmidt, gostem ou não gostem, foi isso que aconteceu”, afirmou. “Aí foi feita a primeira gambiarra que foi abrir em frente ao Banco do Brasil, mas não funcionou também, aí ocorreu essa nova abertura, que foi mais uma etapa da destruição do calçadão original, com a abertura da travessia na Major Vieira. Ali já se tirou o espírito do calçadão. Para o pedestre ficou péssimo e acredito que para o comércio da Felipe Schmidt não melhorou”, opinou. Glinski disse que se for para melhorar o tráfego na região, é a favor da abertura.
Coronel Mario Erzinger (PR) pediu que o projeto seja submetido a opinião da Associação de Arquitetos e Engenheiros (AEVC) em caráter consultivo.