Prefeito Beto Passos (PSD) saiu pouco otimista de reunião com o governador
DE NOVO A 477
O entusiasmo com que deputados e prefeitos comemoraram o anúncio do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) de que vai liberar recursos para recuperar a rodovia SC-477, que liga Canoinhas à BR-116, não encontra ressonância em Beto Passos (PSD). Prefeito de Canoinhas disse que embora o governador não tenha dito, não existe nem um projeto de recuperação da rodovia. Só este projeto deve custar pelo menos R$ 1 milhão. Depois de licitada empresa que fará o projeto, fase que tende a demorar pelo menos uns três meses, inicia o trabalho técnico de fato, o que deve se estender, na mais otimista das hipóteses, para meados de 2020.
A aplicação do projeto são outros 500, ou melhor, outra licitação, passível de recursos, até que de fato as obras comecem. Isso se o governo não deixar somente no projeto, como já ocorreu com inúmeras obras estaduais.
Analisando a conjuntura, de fato, Passos tem razão no ceticismo.
NÃO PODE
Vício de repórter que foi por anos, Passos preparou o telefone celular para gravar a conversa com o governador Moisés. Foi gentilmente reprimido pela assessoria do governador.
DESVIANDO O FOCO
Um dia depois de os deputados estaduais se pronunciarem com pompa e circunstância para tentar capitalizar o anúncio do governador de que recuperaria a SC-477, os mais estridentes de sempre foram à tribuna para bater no termo identidade de gênero como tema curricular nos ensinos básicos e fundamental nas escolas estaduais de Santa Catarina.
Mais fácil ficar no superficial de um plano que exige muito mais cobrança como alertou o prefeito Passos do que apontar as implicações da execução da obra. Muito mais fácil é pegar assuntos dos quais nada entendem, mas que têm uma minoria estridente nas redes sociais batendo palmas para eles dançarem, ou melhor, discursarem.
O que o currículo, discutido com dezenas de educadores, sugere, é que a escola aponte que a despeito da vontade dos nobres deputados, existem sim pessoas que nascem com o sexo masculino, mas se sentem mulheres, e vice-versa. Não se trata de induzir o aluno para determinada identidade, mas de tentar contextualizar a situação visando a tolerância e compreensão com quem se sente diferente dos demais. A diretriz se resume a respeito ao próximo, simples assim. Ignorar a existência dessas pessoas reforça o preconceito. Citados ou não no currículo educacional, elas continuarão existindo.
ADEMAIS
Se tudo que os professores ensinassem aos alunos fosse absorvido a ponto de mudarem até sua identidade sexual teríamos uma sociedade de gênios em matemática, ciência, língua portuguesa etc.
DISCURSO RASO
É duro ver tanto dinheiro bancando os deputados estaduais para eles navegarem no raso de assuntos complexos como esse, da identidade de gênero. Atentos à minoria estridente de preconceituosos e intolerantes das redes sociais, repetem o que leem e ouvem da claque.
LIXO
Vereadora Norma Pereira (PSDB) falou nesta semana sobre resposta recebida do secretário do Meio Ambiente, Hilário Kath, quanto à permanência de equipes de limpeza aos finais de semana em Canoinhas. Norma justificou esse pedido dizendo que algumas praças e ruas durante o final de semana acumulam muito lixo. “Temos praças bonitas, mas o lixo desvaloriza o ambiente que temos”.
Os vereadores ressaltaram a importância de conscientizar as pessoas sobre a necessidade de recolher o próprio lixo.
MÃO DUPLA
O antigo calçadão de Canoinhas deve ser aberto nos próximos dias para circulação de veículos. Prefeito Beto Passos adiantou que pelo menos nos primeiros dias a via será de mão dupla.
PERDA
Faleceu na manhã desta quinta-feira, 29, aos 91 anos, o ex-prefeito de União da Vitória, Alcides Fernandes Luiz.
Alcides começou sua trajetória na década de 1960 como vereador e foi prefeito por dois mandatos (1973/1976 e 1983/1988). Ele foi o prefeito na época da grande enchente de 1983 que acometeu União da Vitória e por sua amizade com o governador da época, José Richa, conseguiu minimizar os problemas causados pela enchente.
ANIVERSÁRIO
Hoje, às 19h30, no restaurante Dona Mariah, o Sindilojas Canoinhas e Região recebe filiados e amigos para comemorar os 30 anos da instituição.
ADMITIDAS
Os deputados estaduais admitiram a tramitação de duas propostas de emenda à Constituição (PECs) na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, na tarde desta quarta-feira. As matérias seguem agora para análise das comissões de mérito e, posteriormente, serão votadas em Plenário.
A PEC 9/2019, de autoria do deputado Coronel Mocelin (PSL), tem como objetivo ampliar as formas de exploração do transporte intermunicipal de passageiros, para ampliar a competição no setor e permitir a melhoria na qualidade do serviço oferecido aos usuários. “Hoje, nós temos duas modalidades para a exploração desse serviço por particulares: permissão e concessão. Nossa proposta inclui o termo autorização na Constituição, algo que já ocorre nas rodovias interestaduais”, comentou o autor da proposta.
Já a PEC 7/2019, de autoria do suplente de deputado Silvio Dreveck (PP), foi admitida com o voto contrário do deputado Jessé Lopes (PSL). Ela acrescenta artigo à Constituição Estadual para incluir a necessidade de autorização prévia da Assembleia Legislativa para a eventual execução de programas e projetos, produção ou uso de substâncias químicas ou fontes energéticas não renováveis que constituam ameaça potencial aos ecossistemas naturais e à saúde humana.
POSITIVO
O Governo do Estado apresentou nesta quarta-feira, 28, à Comissão de Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), o Relatório de Gestão Fiscal do 1º quadrimestre de 2019 e o Relatório Resumido da Execução Orçamentária do 1º semestre de 2019. O objetivo da audiência pública é demonstrar e avaliar o cumprimento das metas fiscais no período, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
O resultado orçamentário dos primeiros seis meses de 2019 apresentou um superavit de R$ 1,19 bilhão, com receita líquida de R$ 13,65 bilhões e despesa liquidada de R$ 12,53 bilhões. No mesmo período no ano passado, as contas do Governo haviam apresentado deficit de R$ 220 milhões. A arrecadação própria foi de R$ 14,33 bilhões, crescimento de 17% em comparação ao primeiro semestre de 2019, com destaque para o ICMS, que registrou R$ 11,75 bilhões.