Protocolo de negociação do preço do tabaco é assinado por duas empresas

Analisando a apuração de resultado, a comissão concluiu que tanto os clientes  da JTI como os da Souza Cruz terão uma lucratividade próxima de 30% na sua safra

 

As sete entidades que compõem a Comissão de Representação dos Produtores de Tabaco – a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), as Federações dos Sindicatos Rurais (Farsul, Faesc e Faep) e as Federações dos Trabalhadores Rurais dos estados do Sul (Fetag, Fetaesc e Fetaep) – realizaram a terceira rodada de negociação do preço do tabaco para a safra 2018/2019 na quinta-feira, 7, na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Duas empresas fumageiras fizeram o acordo: a JTI e a Souza Cruz, que fizeram a assinatura do protocolo.

 

 

A JTI desde a primeira reunião foi clara e se manteve na mesma posição. Eles ofereceram   4,5% de reajuste e a variação de custo apurado pela JTI era de 3,9%. O valor apurado pelas entidades era de 3,8%. A empresa colocou que a forma de negociação dela era diferente das outras empresas, devido a direção da empresa ser de origem japonesa. Segundo a JTI, eles valorizam mais as classes que o mercado está procurando e incentivam o produtor a produzir as classes que o mercado quer, principalmente O1, O2 e os R1,em todas as posições dos pés. A empresa também fez uma valorização dos Ls, que não tinham um valor muito representativo.

 

 

A Souza Cruz ofereceu inicialmente um reajuste de 3,08%. A variação de custo da empresa era de 5,9 e os produtores como variação tinham com os custos de 5,2. As entidades chegaram a diminuir para 5%, mas a Souza Cruz se baseou na variação por quilo, porque segundo ela, a sua produtividade por hectare é a maior de todas as empresas. Neste terceiro encontro, ela apresentou a proposta de 3,5%. Foi feito um comparativo dessa tabela de preços com as demais empresas e notado que valores e classes da Souza Cruz  eram um pouco superior as demais. A Comissão assinou o protocolo com a empresa, mantendo a cláusula de que esta também será a base para o início de negociação para a próxima safra. Somente a Fetag não concordou com o reajuste da empresa e não assinou o protocolo.

 

 

Com a Philip Morris, a Comissão não firmou acordo para esta safra, por diferenças no cálculo do custo da mão de obra do produtor de tabaco e no percentual de aumento proposto, que ficou muito aquém da lucratividade necessária para o produtor. A questão da diferença no valor da mão de obra voltará a ser debatida em reunião da Foniagro (Fórum Nacional de Integração do Tabaco), aprovado de acordo com a Lei 13.288/2016 (Lei da Integração).

 

 

No protocolo, ficou acordado que a tabela de preços da safra 2018/2019 servirá de base para o início da negociação de preços para a safra 2019/2020.

 

 

* Com informações da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra)

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