Na região, partido tem se enfraquecido com diáspora bolsonarista
ASCENSÃO
A despeito da diáspora de bolsonaristas depois que o presidente decidiu criar seu próprio partido, o Aliança Pelo Brasil, o PSL segue como o partido que mais cresce no Brasil. O impulso maior ocorreu na janela partidária de março, quando políticos com mandato podem trocar de sigla sem risco de perder o cargo.
O PSL tinha 344,3 mil filiados em março deste ano e cresceu para 435,9 mil em abril, um avanço de 27%. Mesmo sem Bolsonaro, o PSL tem uma bancada de 53 deputados na Câmara, um fundo eleitoral para o pleito deste ano estimado em R$ 200 milhões (só perde para o PT) e uma meta de eleger pelo menos 500 prefeitos.

Em Canoinhas, o partido perdeu vários bolsonaristas-raiz, que foram para o Podemos, Patriotas e o PRTB, na sua maioria e o PSL, quem diria, caiu na mão da “velha política”. Célio Galeski, vereador no quarto mandato, se aproximou do governador Carlos Moisés (PSL) e herdou o partido em Canoinhas, refundando o diretório e, segundo ele, formando uma “equipe forte” de olho nas eleições municipais.
Este novo PSL tem, em Santa Catarina, o governador Moisés como seu principal expoente. Moisés se descolou do bolsonarismo e enfrentou a ira de muita gente que pediu votos ao até então desconhecido oficial dos bombeiros, sobretudo aqui em Canoinhas.
A aposta no PSL também mobilizou o prefeito de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti, outro falcão da política regional, que viu na proximidade com o governador uma possibilidade de puxar a sardinha do orçamento estadual para o seu lado.
Hoje, tanto Alberti quanto Galeski veem que fizeram um bom negócio do ponto de vista financeiro (suas campanhas terão mais recursos que muitas outras), mas um péssimo negócio do ponto de vista político. Sem Bolsonaro como norte, resta a eles Moisés, complicado até o pescoço com o escândalo dos respiradores. Os desdobramentos dessa crise vão repercutir nas candidaturas do PSL na região.
NA SEQUÊNCIA
Depois do PSL, partidos que recentemente alinharam-se com o presidente Jair Bolsonaro aparecem entre os que mais registraram filiados na janela partidária.
O PSD, por exemplo, saiu de 327 mil para 406 mil filiados, um salto de 24%. A maior parte do crescimento foi no Paraná, único estado governado pela legenda. Sob liderança do governador Ratinho Júnior, a sigla atraiu prefeitos e vereadores que disputarão as eleições municipais.
UM POUCO DE HISTÓRIA
Se a CPI dos Respiradores levar ao pedido de impeachment do governador Carlos Moisés, ele entrará em um seletíssimo grupo que até agora só encontra um par. Na história da República, somente um governador foi destituído do cargo no Brasil: Muniz Falcão, em 1957, em Alagoas, estado de onde saiu o também impichado Fernando Collor de Melo.
R$ 1 bilhão
por dia é quanto as empresas aéreas perdem por dia com a pandemia
FAKE NEWS
O relatório final do projeto de lei sobre fake news propõe multa de até R$ 10 milhões a candidatos que se beneficiarem com propaganda com conteúdo manipulado para atacar os adversários durante as eleições.
O texto final apresentado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News, proíbe a veiculação de conteúdos e propagandas falsas durante a campanha e pune quem impulsionar conteúdos e publicidades irregulares na internet.
No parecer, o relator propõe que, além da multa, o candidato que souber ou participar de distribuição de fake news também tenha o registro ou o diploma cassado, caso tenha sua participação comprovada.
R$ 2,8 bilhões
foi quanto o setor de batons deixou de faturar com a pandemia. Com máscaras, a mulherada não se anima a realçar a cor dos lábios