Quase três anos depois, família espera punição para assassinos de Dieguinho

Foto: Em busca de respostas: Familiares seguram foto de Dieguinho, assassinado aos 23 anos/Edinei Wassoaski/JMais

 

Dieguinho e seu assassino tinham passagem pela Delegacia/Arquivo
Dieguinho e seu assassino tinham passagem pela Delegacia/Arquivo

Sirlei Rodrigues já perdeu as contas de quantas vezes esteve na Delegacia de Canoinhas em busca de respostas sobre o brutal assassinato do sobrinho, Diego Luan Rodrigues Leandro Gonçalves, morto com três tiros no rosto, aos 23 anos, em julho de 2012. Quase três anos depois do crime, as respostas ainda não vieram.

Na noite de 19 de julho de 2012, Dieguinho, como era conhecido, dormia com a namorada na casa de sua avó, na rua Servidão 2, no distrito do Campo d’Água Verde, em Canoinhas, quando seu amigo de longa data, um menor à época com 16 anos, bateu na porta da casa. Antes, o rapaz tinha se certificado de que Dieguinho estaria no local ao perguntar o paradeiro dele a uma vizinha. A vizinha viu que o menor estava acompanhado de um maior de idade. Ao virar as costas, a vizinha só ouviu os três tiros que mataram Dieguinho. Seu algoz tinha ido até a casa sob alegação de devolver uma blusa com a qual Dieguinho tinha sido presenteado por seu pai poucos dias antes por ocasião de seu aniversário, e que havia emprestado ao amigo. “Levanta que vim devolver tua blusa”, disse o menor. Quando Dieguinho abriu a porta da casa, antes de devolver a blusa, o assassino disparou os três tiros à queima-roupa. Com o comparsa, o menor correu e entrou em um carro que os aguardava na esquina.  Dieguinho agonizaria por horas no Hospital São José, em Jaraguá do Sul, onde morreria na manhã seguinte.

Pouco depois o menor foi detido. Cumpriu seis meses em um Centro de Internamento Provisório (CIP) e hoje goza de liberdade. Ninguém mais foi punido, motivo pelo qual a família se lamenta. “Para nós é difícil. A Polícia nos garantiu que os culpados pagariam, mas até hoje praticamente nada aconteceu”, diz Sirlei. Sueli Rodrigues, também tia de Dieguinho, se mostra ainda mais indignada. “Ele era a alegria da nossa família. Agora nos tiraram ele e ninguém nos dá resposta”, afirma.

Tanto a vítima como o acusado já tinham passagens pela polícia pela prática de outros delitos, mas a Polícia ainda não sabe que motivos teriam levado o então adolescente a executar o amigo.

 

OUÇA ENTREVISTA DA FAMÍLIA AO JORNAL DA BAND:

 

CONTRAPONTO

Segundo o delegado regional Wagner Meireles, o inquérito que apura a morte de Dieguinho segue aberto. Ele diz que novas diligências precisam ser feitas para que então se conclua a investigação e se envie o material para a Justiça. Não estão descartadas novas prisões.

 

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