13 de dezembro de 2016
O Globo
Manchete: Vazamento parcial afeta a economia, diz Temer
Citado, presidente pede a procurador-geral que acelere conclusões
No mesmo dia, Janot denunciou ao Supremo o presidente do Senado, Renan Calheiros, por corrupção e lavagem de dinheiro em um dos inquéritos a que o peemedebista responde na Lava-Jato
Com o argumento de que o vazamento parcial de delações está atrapalhando a aprovação do ajuste fiscal, o presidente Temer pediu à Procuradoria Geral da República rapidez nas investigações da Lava-Jato que atingem a cúpula do PMDB e de seu governo. Mencionado por um dos delatores da Odebrecht, Temer critica a “ilegítima divulgação de supostas colaborações premiadas”. Já réu em outro inquérito, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), foi denunciado ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro. (Págs. 3 a 5)
Lula é indiciado, agora na Lava-Jato
A PF indiciou o ex-presidente Lula, a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o ex-ministro Antonio Palocci e outras quatro pessoas em dois inquéritos da Lava-Jato. Lula foi indiciado por corrupção. (Pág. 4)
‘Guardei e nunca usei’
O ex-ministro petista Jaques Wagner confirmou que ganhou relógio de presente de ex-diretor da Odebrecht, mas afirmou: “Guardei e nunca usei.” (Pág. 3)
Pacote pode dar alívio tributário
Fazenda estuda programa de redução de dívidas com a Receita e prazo maior de pagamento de impostos
O governo estuda editar um novo programa de refinanciamento de dívidas tributárias, o chamado Refis, e o alongamento do prazo de recolhimento de impostos pelas empresas, dentro do pacote de incentivo à retomada da economia. Pedido pelo Palácio do Planalto à Fazenda, como reação à crise política, o conjunto de medidas deverá ainda simplificar as relações entre patrões e empregados, permitindo, por exemplo, a redução negociada da jornada de trabalho. O ministro Henrique Meirelles deverá fechar o pacote hoje com o presidente Temer para anunciá-lo após a conclusão da votação do teto de gastos no Senado. (Pág. 17)
Reajuste de ICMS será votado hoje
O governo estadual começa hoje negociações decisivas de seu pacote fiscal no Legislativo para aumentar alíquotas de ICMS, inclusive de energia elétrica, e adiar reajustes salariais de servidores. Ontem, cerca de três mil pessoas fizeram um protesto na porta da Assembleia, e parte do grupo decidiu montar acampamento no local. As votações serão retomadas hoje. (Pág. 7)
Justiça quebra sigilo de Paes
Após o bloqueio dos bens, a Justiça quebrou o sigilo fiscal e bancário do prefeito. Paes teria isentado de taxa de R$ 1,8 milhão a empreiteira do campo de golfe da Barra. (Pág. 9)
Febre causa lesões crônicas
Estudo sobre chicungunha feito no Rio mostra que a doença causa danos persistentes nas articulações e acomete mais as mulheres, conta ANA LUCIA AZEVEDO. (Pág. 26)
Maduro invalida 48% do dinheiro
Numa medida muito contestada e que pode agravar a crise na Venezuela, o presidente Maduro mandou recolher as notas de 100 bolívares, que são 48% do dinheiro em circulação. (Pág. 24)
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O Estado de S. Paulo
Manchete: Temer diz que vazamento de delação atrapalha a economia
Em carta a Janot, presidente defende divulgação de depoimentos ‘o quanto antes’ e ‘por completo’
Citado no acordo de delação do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, Michel Temer enviou ao procurador- geral da República, Rodrigo Janot, carta em que alega que a “ilegítima divulgação de supostas colaborações premiadas” tem interferido na condução de políticas públicas, acirrado as crises econômica e política e gerado “desconfiança e incerteza”. O presidente pede “celeridade” na conclusão das investigações e diz que as delações devem ser divulgadas “o quanto antes” e “por completo”. O movimento faz parte de estratégia de Temer e aliados – o PMDB também condenou a divulgação. A carta ainda lembra que, “em situação análoga”, Janot suspendeu tratativas de colaboração. Foi uma referência ao cancelamento da delação de Léo Pinheiro, da OAS, após vazamento. Mas, segundo a Coluna do Estadão, o presidente não crê em anulação da delação da Odebrecht. (POLÍTICA / PÁG. A4)
Partidos terão mais R$ 509 mi
O relatório final do Orçamento de 2017 destina R$ 819,1 milhões ao fundo partidário, uma das principais fontes de receita das legendas. Em seu projeto original, o governo reservava R$ 309,2 milhões. (ECONOMIA / PÁG. B3)
Pacote prevê mais prazo para pagar dívidas com o BNDES
O BNDES deve dar mais prazo para pagamento de dívidas de empresas. A medida deve fazer parte de minipacote de Michel Temer para reativar a economia. Está em estudo a liberação de até R$ 30 bilhões do FGTS para abater débitos de pessoas físicas com bancos. Outra medida cotada é a criação de uma nova faixa para o programa Minha Casa Minha Vida. A ideia é aumentar o teto – hoje limitado à renda familiar de R$ 6,5 mil. (ECONOMIA / PÁGS. B1 e B3)
Janot denuncia Renan ao STF por corrupção
O procurador-geral Rodrigo Janot denunciou ao Supremo Tribunal Federal o presidente do Senado, Renan Calheiros, por corrupção e lavagem de dinheiro. É a primeira vez que o peemedebista é formalmente acusado na Lava Jato. Segundo a denúncia, ele recebeu R$ 800 mil em propina por meio de doações oficiais da Serveng. Em nota, disse estar “tranquilo”. (POLÍTICA / PÁG. A6)
PF indicia Lula e Marisa em caso ligado a imóveis
A PF indiciou o ex-presidente Lula, sua mulher, Marisa, o ex-ministro Antonio Palocci e outras quatro pessoas. As suspeitas são de irregularidades envolvendo a sede do Instituto Lula e o aluguel de apartamento em São Bernardo. Para a PF, haveria propina da Odebrecht. Advogado de Lula acusa PF de agir em “retaliação”. (POLÍTICA / PÁG. A7)
Moro bate boca com advogado
Sérgio Moro voltou a discutir com a defesa de Lula em depoimento sobre triplex no Guarujá. O juiz se irritou com interrupções e gritou com advogado. (POLÍTICA / PÁG. A6)
Foto-legenda: Discurso afinado
O presidente Michel Temer, com o ministro Henrique Meirelles, o governador Geraldo Alckmin, o prefeito eleito João Doria e o empresário Abilio Diniz, durante premiação em São Paulo: Diniz defendeu apoio do setor privado às reformas de Temer e disse que questões que tramitam na Justiça “não podem paralisar o Brasil”. “O senhor é um homem tranquilo e corajoso”, afirmou. “Vá à luta!”. (PÁG. A4)
Empresa aérea poderá cobrar por bagagens
A partir de 14 de março, as companhias aéreas poderão cobrar pelas bagagens despachadas pelos passageiros. Hoje é permitido o transporte sem custos de malas com até 23 quilos nos voos domésticos e dois volumes com até 32 quilos nos internacionais. Órgãos de defesa do consumidor criticam. (METRÓPOLE / PÁG. A14)
Doria diz que fila da saúde acaba em 90 dias (Metrópole/ Pág. A11)
Dívida provoca atrito entre Haddad e o PT (Política/ Pág. A8)
Foto-legenda: Corrida para não perder dinheiro
Contador digital de notas em açougue de San Cristobal, Venezuela: após governo Nicolás Maduro decretar que cédulas de 100 bolívares só valerão até quinta-feira porque têm sido traficadas por máfias, venezuelanos correm para trocá-las. (INTERNACIONAL / PÁG. A10)
Coluna do Broad
Reestruturação da Oi, que deve ser apresentada nesta semana, foi negociada diretamente com Anatel. (ECONOMIA / PÁG. B2)
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Folha de S. Paulo
Manchete: Temer critica vazamento e pede rapidez em delações
Em carta à Procuradoria, presidente tenta rechaçar acordo no qual é citado
Citado 43 vezes na delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht, o presidente Michel Temer (PMDB) pediu celeridade na conclusão das apurações. Em documento enviado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ele disse que a lentidão em investigações perturba áreas de interesse do governo. Temer chamou de “ilegítima” a divulgação de delações por meio de vazamentos e pediu que elas sejam“o quanto antes finalizadas” e divulgadas “por completo”. A cúpula do Palácio do Planalto sofre desgaste após a revelação do conteúdo da colaboração do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que ainda não foi chancelada pela Justiça. A Folha apurou que o texto assinado por Temer é uma tentativa de rebater publicamente as declarações e de deslegitimá-las antes da homologação pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Em nome do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) repudiou o que classificou de “vazamentos criminosos”. (Poder A6)
Janot denuncia Renan na Lava Jato pela 1ª vez
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), sob acusação de corrupção e lavagem. Essa é a primeira denúncia contra ele na Lava Jato. Renan, que nega as acusações, é investigado em outros sete inquéritos na operação. (Poder A8)
60% são contra a aprovação do teto dos gastos públicos
Pesquisa Datafolha diz que 60% dos brasileiros são contra a aprovação da emenda constitucional que limita gastos públicos pelos próximos 20 anos. A PEC deve ser votada em segundo turno pelo Senado nesta terça (13). Ainda de acordo com o instituto, a reprovação ao Congresso se igualou a um nível recorde: 58% consideram ruim ou péssimo o desempenho do Legislativo. (Poder A10)
Meirelles faz apelo a bancos por taxas de juros menores
Em busca de medidas de estímulo econômico, o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) pediu aos bancos que reduzam os juros cobrados dos clientes. Para ele, a queda da taxa básica pelo Banco Central não surtiu efeito porque ainda não foi repassada. O setor diz que o alto risco encarece o crédito. (Mercado A17)
Coordenador de ação anticrack de Alckmin é alvo de investigação (Cotidiano B1)