Rede de Vizinhos da PM cobre mais de 750 casas e comércios em Canoinhas e região

Capitão Fernando Luiz Lopes destacou que 1.058 pessoas já estão cadastradas no Programa

“Segurança Pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos”, foi assim que o capitão Fernando Luiz Lopes, do 3º Batalhão de Polícia Militar de Canoinhas iniciou sua fala no uso da Tribuna durante a sessão desta segunda-feira, 3, na Câmara de Vereadores de Canoinhas.

 

 

Lopes usou o espaço para apresentar informações sobre o Programa “Rede de Vizinhos”, que está em funcionamento desde o ano passado, e vem alcançando ótimos resultados no que se refere à segurança das pessoas. Foi contextualizando também o início do trabalho, com o “Vizinho Xereta” realizado no distrito de Marcílio Dias desde 2014. “A Polícia Militar institucionalizou esse projeto, que aconteceu em cidades como Itajaí, Florianópolis, com grande êxito, além de projetos em comum da Polícia Militar com a sociedade”, explicou.

 

 

Criado em 2017, o projeto “Rede de Vizinhos” tem hoje nas cidades de Canoinhas, Três Barras e Major Vieira, aproximadamente 1.058 pessoas participando do projeto, em 40 grupos, atingindo praticamente 750 residências e estabelecimentos comerciais. O Capitão apresentou aos vereadores como são capacitadas as pessoas interessadas em participar do Programa. A estratégia de policiamento tem uma rede organizada entre comunidade e Polícia Militar, pautada na filosofia de polícia comunitária, reunindo vizinhos de uma determinada localidade para atuarem em cooperação e se associarem com o intento de fomentar parcerias e fortalecer as relações interpessoais e a cidadania ativa do bairro.

 

 

A Rede de Vizinhos nada mais é que “a prevenção e parceria, atuação em rede, vigilância entre vizinhos e fortalecimento de vínculos”, explicou Lopes, destacando que alguns anos atrás todos os vizinhos se conheciam, mas na atualidade com o fluxo muito rápido de informações e trabalho, as pessoas acabam não conhecendo os próprios vizinhos e, por isso, o programa vem ao encontro das necessidades da sociedade atual.

 

 

COMO FUNCIONA

O programa funciona com cidadãos que moram em uma mesma rua, vila ou bairro. Eles se reúnem com a orientação da Polícia Militar, e após receberem orientações básicas sobre prevenção, é organizada a rede de vizinhos. A Rede está implementada já nos bairros Campo d’Água Verde, no centro da cidade e no bairro Piedade “com resultados surpreendentes e extremamente positivos com a aplicação deste projeto. Ele funciona basicamente através de grupos de whatsapp, com informações essencialmente sobre o que é preciso para manter os bairros mais seguros”, explica.

 

 

 

Vereadora Camila Lima (MDB) solicitou informações sobre como pode ser feito a adesão ao programa. “O primeiro passo é ir em cada casa da minha rua ou bairro e fazer um levantamento das pessoas interessadas?”, indagou.

 

 

Lopes explicou que como o programa já está com uma base bem forte, e muitas pessoas tem procurado para implementá-lo, “solicitamos que as lideranças marquem com seus vizinhos uma reunião com a Polícia Militar no próprio quartel ou em suas residências para podermos apresentar e incluí-los na Rede”.

 

 

Wilmar Sudoski (PSD), que faz parte do Conselho de Segurança do Campo d’Água Verde, vem acompanhando um pouco do trabalho no bairro. “Esse projeto demanda muito de lideranças nos bairros, para poderem fomentar e auxiliar no sucesso do programa. Tem de haver doação e boa vontade das pessoas envolvidas, pois a rede funciona muito bem”, frisou.

 

 

Telma Bley (MDB) exemplificou alguns casos do Residencial Aparecida e a necessidade de ter um projeto como esse no bairro. “Através da Secretaria de Assistência Social vamos reunir os interessados para apresentar este programa, com um encontro dentro do próprio bairro, possibilitando assim a contribuição e ajuda a essas pessoas também”.

 

 

Célio Galeski (PR) que mora no Campo d’Água Verde, frisou que a incidência de furtos tem aumentado muito nos últimos tempos. “Nós vereadores ajudaremos a divulgar esse trabalho nos bairros e também na comunidade interiorana, pois ele é essencial para a segurança de todos”.

 

 

“Quando o problema não acontece diretamente com a pessoa, ela muitas vezes não dá atenção a esse tipo de ação”, comentou Paulo Glinski (PSD) em sua fala, explicando que nas grandes metrópoles a situação já está caótica, mas que Canoinhas e região também têm um problema muito sério, com o aumento da criminalidade nos últimos anos. “O grande problema que o país pode enfrentar daqui a alguns anos não é a miséria, a falta de emprego e a desigualdade, mas sim o aumento caótico da criminalidade”, enfatizou Glinski, citando que a segurança pública deve ser trabalhada fortemente em todas as realidades.

 

 

Mário Erzinger (PR) também explicou que o envolvimento das pessoas deve ser efetivo, exemplificando com o que aconteceu no distrito de Marcílio Dias. “Aquela comunidade tinha um número de 30 furtos por mês, e com a implantação do Vizinho Xereta, em um mês de atividades do projeto, esse número diminuiu para apenas dois furtos”, exemplificando o sucesso da ação em conjunto com a Polícia Militar e comunidade.

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