O mais completo estudo sobre mercado de trabalho em todo o País foi divulgado neste mês pelo Ministério do Trabalho e Emprego
A Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada neste mês pelo Ministério do Trabalho, destaca os bons resultados de Canoinhas no ano passado. A Rais é um cadastro administrativo, de âmbito nacional, periodicidade anual e declaração obrigatória para todos os estabelecimentos do setor público e privado.
De acordo com a Rais 2017, em Santa Catarina no final de 2017 existiam 2.205.738 vínculos de emprego formal, o que engloba empregos com carteira de trabalho e estatutários. Comparativamente a 2016, houve uma expansão absoluta de 37.815 novos vínculos, resultando numa variação relativa na ordem de 1,7%. Com isso, SC volta a ampliar o estoque total de emprego formal, depois de dois anos seguidos de retração (2015 e 2016).
Em termos absolutos, das 20 microrregiões, somente três apresentaram uma redução do estoque total de empregos formais: Araranguá (-28), Ituporanga (-128) e Florianópolis com uma redução significativa de -2.241 postos formais de trabalho.
Por sua vez, dentre as 17 microrregiões com expansão positiva, as de Blumenau
(+5.242), Itajaí (+7.935) e Joinville (+9.849) tiveram os maiores saldos, perfazendo
mais de 60% do saldo Estadual. Em termos relativos, os destaques positivos ficam com
Canoinhas (+5,8%), Tijucas (+4,7%) e mais uma vez Itajaí (+3,9%).
PERDAS
Dentre os 25 subsetores econômicos, seguindo a classificação do IBGE, em nove houve redução do emprego. Conforme dados da Rais, do ano de 2016 para o de 2017, as maiores perdas em termos de variação relativa ocorreram na indústria de borracha/fumo/couro (-11,7%), indústria de material do transporte (-10,8%) e extrativa mineral (-6,2%).
Na agricultura também foi anotado redução substancial (-5,3%), o que significou
em números absolutos a perda de 2.287 vínculos de empregos, a maior dentre todos os
subsetores que apresentaram resultado negativo no período. Isso fez com sua participação
no total de empregos formais existentes em Santa Catarina caísse para abaixo de 2%.
Dentre os subsetores, as maiores participações no emprego se encontram no comércio varejista (16,7%), administração pública (11,9%), serviços técnicos (9,2%) e alojamento/alimentação (9,1%). Na atividade industrial, os ramos têxtil (7,4%),
alimentos/bebidas (5,9%) e construção civil (3,7%) são os que apresentam a maior
participação no montante de empregos formais.
Em termos de variação, a maior redução no número de empresas entre 2017/2016 ocorreu na construção civil (-4,8%), seguido dos resultados ocorridos na indústria de material de transporte (-3,5%), indústria de produção mineral não metálico e borracha/fumo/couros (ambas com -1,9%). Por outro lado, as maiores taxas de crescimento ocorreram entre os estabelecimentos de ensino (5%), indústria de material elétrico/comunicações (4,5%) e serviços médicos/odontológicos (3,6%).
REMUNERAÇÃO
Em Santa Catarina, a remuneração média mensal real recebida em dezembro de
2017 foi de R$ 2.777,26, o que corresponde a uma expansão de 3,2% frente ao
rendimento médio de 2016, conforme pode ser visto na tabela 7 a seguir. Dentre as microrregiões catarinenses, todas apresentaram um ganho real, com destaque para a
microrregião de São Miguel do Oeste, com um aumento real de 6,0%. Por sua vez, a
microrregião de São Bento do Sul apresentou o menor crescimento relativo real, de
1,7%. Canoinhas teve variação positiva de 2,1%.
“Mesmo durante as maiores crises, Canoinhas é destaque na geração de novos postos de trabalho. Isso se deve muito a política de incentivos adotadas pela gestão Beto Passos, priorizando a valorização de nossas empresas, o crescimento endógeno e trabalhando a sintonia com as entidades empresariais. Com a passagem da turbulência política, e a retomada da confiança pelos nossos empresários e investidores, podemos esperar um 2019 promissor”, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico de Canoinhas, Paulo Machado.