Epidemiologia de Canoinhas tem registro de 137 pacientes com HIV

Este sábado, dia 1º, é Dia Mundial de Combate ao vírus

 

 

CORREÇÃO: AO CONTRÁRIO DO INFORMADO ATÉ 8h45 DE 3/12/18, O AMBULATÓRIO DE EPIDEMIOLOGIA DE CANOINHAS AINDA NÃO DISPÕE DO PrEP

 

A região de Canoinhas (que inclui Três Barras, Bela Vista do Toldo e Major Vieira) tem 137 casos registrados no Ambulatório de Epidemiologia de pacientes soropositivos, portadores do vírus HIV, que pode levar à Aids. Atualmente, 120 tomam medicação diária fornecida pelo SUS. Somente neste ano, dos 1.300 testes rápidos realizados pelo Ambulatório, oito casos deram positivo para a presença do vírus. A informação foi repassada pelo Ambulatório neste sábado, dia 1º, Dia Mundial de Combate ao HIV/Aids.

 

 

Postos de saúde de Canoinhas estão abertos neste sábado para o Dia do Peso para crianças de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. Paralelamente, as enfermeiras estão realizando o teste rápido para HIV, sífilis e hepatite B e C. O resultado sai em 15 minutos. Na quinta-feira, 6, haverá capacitação sobre a doença para profissionais da saúde na Câmara de Vereadores de Canoinhas.

 

 

Também neste sábado, a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) divulgou que mais de 500 mil pessoas convivem com o vírus HIV na América Latina, sem saber.

 

 

RISCOS

De acordo com um novo relatório do Unicef, o Fundo das Nações Unidas para a Infância apresentado na quinta-feira, 29, cerca de 360.000 adolescentes morrerão por doenças relacionadas com a Aids entre 2018 e 2030. Isso significa que 76 adolescentes morrerão a cada dia, se não forem feitos  investimentos nos programas de prevenção, diagnóstico e tratamento do vírus HIV.

 

 

O relatório “Crianças, HIV e AIDS: O mundo em 2030″, mostra que, com base em previsões sobre a população e de acordo com as tendências atuais, o número de novos contágios de HIV entre crianças e jovens entre zero e 19 anos em 2030 atingirão 270.000 aproximadamente, com uma queda de um terço em relação às estimativas atuais. O relatório também mostra que o número de crianças e adolescentes que morrem por causa relacionadas à Aids cairá dos atuais 119.000 para 56.000 em 2030.

 

 

No entanto, esse declínio é muito lento, principalmente entre os adolescentes. Segundo o Unicef, existem quase 700 novos contágios do vírus HIV todos os dias entre os adolescentes de 10 a 19 anos – um a cada dois minutos. De acordo com o relatório, até 2030, o número de novos contágios de HIV entre as crianças nos primeiros dez anos de vida será reduzido pela metade, enquanto entre adolescentes com idades entre 10 e 19 anos só diminuirá em 29%.

 

 

Prevê-se que as mortes relacionadas à Aids diminuirão de 57% entre as crianças com menos de 14 anos, em comparação ao 35% entre os adolescentes entre 15 e 19 anos.

 

 

“O relatório mostra claramente, sem dúvidas, que o mundo não está no caminho certo quando se trata de acabar com a AIDS entre as crianças e adolescentes até 2030”, declarou Henrietta Fore, diretora-geral do Unicef. “Os programas para prevenir a transmissão do HIV materno infantil estão dando frutos, mas ainda não são suficientes, enquanto os programas para curar o vírus e prevenir sua disseminação entre os jovens não dão os resultados esperados.”

 

 

Cerca de 1,9 milhões de crianças e adolescentes viverão com o HIV em 2030, a maioria na África Oriental e Austral (1,1 milhão), a seguir África Central e Ocidental (571.000) e América Latina e Caribe (84.000).

 

 

EXEMPLO

A experiência do Brasil em saúde pública na prevenção, no combate e tratamento da Aids foi destaque em uma conferência internacional, em Amsterdã (Holanda) em julho deste ano. Durante a 22ª Conferência Internacional de Aids (AIDS 2018), o maior e mais importante fórum global sobre a epidemia, o Brasil esteve presente em nove sessões de debates e com 12 trabalhos científicos em torno do tema “Quebrando barreiras, construindo pontes”.

 

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é considerado um dos líderes latino-americanos no combate à aids, sendo o primeiro país da região a ofertar a PrEP e um dos primeiros no mundo a introduzir em larga escala o dolutegravir, medicamento de primeira linha para o tratamento do HIV. O PrEP é fornecido nos ambulatórios de epidemiologia, para quem teve uma relação sexual de risco sem uso de preservativo. Tomado até 72 horas depois da relação, o remédio reduz consideravelmente o risco de contaminação pelo vírus.

 

 

O DTG é um antirretroviral de alta potência com nível muito baixo de eventos adversos, o que facilita a adesão dos pacientes ao tratamento. Desde 2013, o SUS fornece gratuitamente tratamento antirretroviral a todos diagnosticados com HIV, aproximadamente 572 mil pessoas.

 

 

O Dia Mundial de Combate à Aids tem por função primordial alertar toda a sociedade sobre essa doença. A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde e é celebrada anualmente desde 1988 no Brasil, um ano após a Assembleia Mundial de Saúde que fixou a data de comemoração.

 

 

 

 

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