Acabou a lua de mel entre o prefeito Beto Faria (PMDB) e a Câmara de Vereadores? A julgar pela sessão de segunda-feira, 2, que marca o retorno do recesso, sim. Teve manifesto de professores em busca da correção do Plano de Cargos e Salários, críticas contundentes a setores da administração municipal, inclusive, por parte de vereadores da situação e, ainda, discussão acalorada entre Chiquinho da Silva (PMDB), que tentou, em vão, defender o governo, e Wilmar Sudoski (PSD), indignado com a falta de atenção da Secretaria de Obras a seus pleitos.
Até mesmo Renato Pike (PR) disse que se sentia culpado pelo que vem acontecendo, já que apoiou a coligação que administra o município. “Tenho até dó do prefeito Beto Faria, que é uma boa pessoa. Mas tem secretário que tá passando a corda no pescoço dele e chutando o banco, para enforcar o prefeito”, acusou.
A relação entre Câmara e Prefeitura nunca foi boa em Canoinhas. No máximo, amistosa nessa primeira metade do governo Beto Faria. Leoberto Weinert, que nunca foi vereador, instituiu distância dos vereadores, tratando-os como uma íngua da administração pública, sedentos por cargos e benefícios. Faria, com grande experiência no Legislativo, esperava-se, ouvisse mais os vereadores. Não é o que ocorre. O problema, porém, talvez nem seja de Faria, mas sim, do secretário de Obras, Bene Carvalho (PMDB), que vive na corda bamba, tentando agradar gregos e troianos numa pasta que só queima carreiras e não elege ninguém. Célio Galeski (PSD), esperto que só, sentiu isso rapidinho depois de prometer ser o salvador da pátria, e pulou para a robusta pasta da Habitação, que deve, até o final deste mandato, entregar mais de mil casas populares. Isso sim, pode eleger um vereador.
Corda no pescoço
Quem está realmente em maus lençóis é o secretário de Educação de Canoinhas, Hamilton Wendt. Ganhou a antipatia dos professores veteranos, que pressionam pela revisão do Plano de Cargos e Salários, está sendo pressionado pelo Ministério Público para concursar mais professores e ainda enfrenta sérios problemas para iniciar o ano letivo na segunda-feira, 9. Ao dizer que estava tudo sob controle, foi chamado de mentiroso por professores. Que fase, hein.
Exonerado
O secretário de Administração de Irineópolis, Sidnei Wagner, foi exonerado na terça-feira, 3. A princípio, no entanto, ele está de bem com o prefeito Juliano Pereira (PSDB) e não há indicativo de quem o substituirá. O que rola pela ‘rádio corredor’ da prefeitura é que ele será readmitido em breve. Mas por quê?
Questionada, a assessoria da prefeitura confirmou a exoneração, mas não respondeu a pergunta que não quer calar. Mistério…
Interesse
Enquanto os deputados votavam para compor a nova mesa diretora da Assembleia no domingo, dia 1º, a maioria dos jornalistas que acompanhavam pela sala de imprensa não estavam nem aí para o jogo de cartas marcadas que elegeu Gelson Merisio. Só se falava nas chances de Luis Henrique emplacar na presidência do Senado. Como se sabe, não deu. Renan Calheiros foi reeleito.
Imexível
Em conversa com a coluna durante a posse dos deputados em Florianópolis, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou que dificilmente o Governo voltará atrás sobre as novas regras de concessão do seguro desemprego.
Deputado Antonio Aguiar (PMDB) com sua fiel escudeira, Marilu, logo após a cerimônia de posse no domingo, dia 1º, na Assembleia. Este é o quinto mandato do canoinhense na Alesc. Prometeu, em entrevista à Band FM Canoinhas, se empenhar na busca por indústrias para o Planalto Norte catarinense. Essa é sua meta de mandato.
RÁPIDAS
IMPOSTO: Os carnês do IPTU começam a ser distribuídos na próxima semana. Segundo Argos Burgardt (Administração) o aumento corresponde aos 6,23% do INPC.
MISTÉRIO: Vereadores estão questionando porque ninguém é convidado para os eventos da Fundação de Cultura de Canoinhas. Não se convida porque não tem eventos ou não tem eventos porque não há convidados?
POSITIVA: Foi a avaliação dos professores sobre a proposta salarial ao magistério estadual apresentada esta semana em Florianópolis.
ACREDITE: Tem funcionário de um segmento do Governo do Estado em Canoinhas pagando do próprio bolso o salário de uma estagiária. Ele ainda comprou móveis para seu escritório.