Representantes do setor florestal do PR e SC se reúnem em Canoinhas

Palestrantes e representantes de entidades/Divulgação
Palestrantes e representantes de entidades/Divulgação

Representantes de empresas e entidades ligadas ao ramo florestal no Paraná e em Santa Catarina se reuniram nesta sexta-feira, 11, no Planalto Hotel, em Canoinhas, para discutir novidades do setor. O evento foi organizado pela Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre) e Associação Catarinense das Empresas Florestais (ACR).

De acordo com o diretor executivo da ACR, Mauro Murara Jr, esses encontros são semestrais e acontecem, cada vez, em uma cidade diferente. Em Canoinhas, a FComp fez a recepção aos convidados. A própria empresa tresbarrense apresentou um estudo de caso sobre o sistema de colheita florestal desenvolvido pelo engenheiro florestal e diretor da empresa, Felipe Fuck. Ao todo, representantes de 20 empresas participaram do encontro.

Além da palestra de Fuck, Epitágoras Oliveira Costa falou sobre prognose de produção para eucalyptus dunii e o presidente do Instituto Florestal do Paraná (IFR), Benno Doetzer, falou sobre recente mapeamento das florestas plantadas no Paraná. “Se a gente quer ir para algum lugar, o caminho mais curto é saber onde se está. É muito importante para o Estado conhecer e localizar suas florestas. A quantidade de área plantada de florestas influencia nas políticas públicas do Governo Federal e até mesmo na implementação de indústrias no Estado”, explica. O Paraná tem hoje mais de 1 milhão de hectares de florestas plantadas. “Temos o desafio de otimizar o uso dessas áreas visando atender a demanda do mercado por matéria-prima”, projeta.

O diretor executivo da Apre, Carlos José Mendes, diz que o que ficou claro a partir das discussões é que “o importante é produzir mais com menos área com respeito à biodiversidade.” No Sul, a cada 100 hectares de floresta plantada existem pelo menos 80 hectares de floresta nativa. “O maior ativo de conservação vem de florestas plantadas”, explica.

 

CRISE

Os participantes do evento veem com otimismo o desempenho do setor diante da crise que abala o País. O incentivo maior vem das exportações. Com o dólar batendo a casa dos R$ 4, o setor de papel e celulose tem faturado alto, especialmente no mercado chinês. “Todo o setor agropecuário ainda não foi afetado. A princípio não sentimos (a crise). Acredito que nunca o setor florestal exportou tanto”, avalia.