Resultado dos julgamentos deverá ser publicado até terça-feira, 22
O Instituto Excelência, responsável pelo concurso da prefeitura de Canoinhas realizado no domingo, 13, recebeu 40 recursos por parte dos candidatos que se sentiram prejudicados com erros apontados nas provas, além de procedimentos dos fiscais colocados em xeque ao longo da semana. A empresa tem até terça-feira, 22, para apresentar o resultado do julgamento de todos os recursos.
Nesta sexta-feira, 18, a empresa anulou as provas para os cargos de nutricionista e nutricionista da educação do edital 001/2018. A nova prova escrita objetiva para os cargos será reaplicada no dia 27 de janeiro, com abertura dos portões às 13h e fechamento às 14h. A prova terá duração de três horas e será realizada na escola Dr. Aroldo Carneiro de Carvalho. Antes, a empresa já havia anulado a prova para orientador educacional. A prova foi anulada porque o mesmo caderno distribuído pela empresa à tarde para candidatos do cargo de orientador educacional havia sido usado pela manhã.
RESPONSABILIDADE
Em entrevista ao programa Fala Cidade, da 98FM, nesta sexta-feira, 18, a procuradora do Município, Bianca Neppel, e o presidente da comissão que acompanha o concurso, Diogo Seidl, afirmaram que o Município acompanha atentamente as etapas do concurso. Bianca disse que o Município não tem nenhuma participação no concurso e que a única responsabilidade é sobre a contratação da empresa que, segundo ela, preencheu todos os requisitos para ser licitada a fim de elaborar e aplicar as provas. “A prefeitura não vai fazer absolutamente nada. Estamos acompanhando”, afirmou.
Sobre os quesitos que tiveram maior número de recursos, Diogo fez algumas considerações. Com relação a rumorosa questão que conforme o gabarito tinha como resposta que Canoinhas foi potência econômica em erva-doce, Diogo disse que a resposta correta seria “nenhuma das alternativas”, o que deve ser corrigido no gabarito oficial, a ser divulgado na próxima semana.
Sobre os erros de gramática, Diogo disse que não são suficientes para anular o concurso. “Se mudou o sentido da interpretação, se trouxe dificuldade para o candidato e ele entrou com recurso, é possível sim que a questão possa ser anulada, mas apenas a questão”.
Diogo disse, ainda, desconhecer ausência de fiscais da sala de provas, conforme relatado por candidatos ao JMais e, também, afirmou que não houve rompimento de lacre de envelope de provas. “Se o fiscal precisasse se ausentar, havia fiscais de corredor que poderiam substitui-lo”, explicou. Ele disse que vai pedir cópia das atas das salas, embora candidatos tenham afirmado que pelo menos uma das fiscais disse não existir ata.
Sobre a mistura de candidatos para mais de um cargo em uma mesma sala, Diogo disse que isso seria difícil de acontecer, porque as carteiras tinham o nome do candidato e o cargo para o qual ele era candidato.
Sobre normas que supostamente teriam sido descumpridas como a previsão de 60 dias para divulgação do edital em relação a primeira prova, Bianca diz que a impugnação deveria ter ocorrido no momento da divulgação do edital.
Foram 2.857 candidatos que fizeram as provas do concurso no domingo, 13.
EXCELÊNCIA
O portal JMais conseguiu contato com a Excelência na tarde de quinta-feira, 17. A responsável pela empresa disse que responderia aos questionamentos somente por email. A reportagem enviou sete questionamentos para a empresa, mas até o momento não obteve retorno.