7 de abril de 2020
Folha de S.Paulo
Após ameaça de Bolsonaro, Mandetta diz que continua
O presidente Jair Bolsonaro avalia demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para substituí-lo por um nome técnico que seja defensor da utilização da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus, mas uma ala de ministros atua para que ele não exonere o auxiliar.
Integrantes do chamado núcleo moderado do governo, que inclui militares, falaram nesta segunda-feira (6) desde cedo com Bolsonaro na tentativa de demovê-lo da ideia de exonerar Mandetta no curto prazo. Em conversas reservadas, o presidente chegou a dizer que a situação estava insustentável.
Mandetta, porém, afirmou à noite que vai permanecer no cargo. “Vamos continuar enfrentando o nosso inimigo, que tem nome e sobrenome, o Covid-19. Temos uma sociedade para lutar e proteger, médico não abandona paciente e não vou abandonar”, disse, em entrevista coletiva, depois de uma reunião com Bolsonaro e outros ministros no Planalto.
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O Estado de S.Paulo
Bancos já receberam 2 milhões de pedidos de renegociação
A crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus já levou dois milhões de clientes a bater na porta dos cincos maiores bancos do País para renegociarem R$ 200 bilhões de empréstimos. O levantamento divulgado ontem pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) não informa, porém, o valor total que já foi negociado até agora por Banco do Brasil, Bradesco, Caixa e Santander. O Itaú Unibanco informou que aceitou apenas 5% dos 302 mil pedidos que recebeu.
Pressionada por críticas de empresas e pessoas físicas sobre dificuldades para negociar um adiamento nas prestações em dois ou três meses, a Febraban afirmou que entende a “ansiedade” de diversos setores, mas é “preciso compreender que esse é um processo gradual e complexo, que demanda diversas providências e, em muitos casos, envolvem mudanças regulatórias”.
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O Globo
Após ter gavetas limpas, Mandetta é mantido no cargo por Bolsonaro
Depois de fazer críticas ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, desde a semana passada, o presidente Jair Bolsonaro chegou a preparar o ato de sua exoneração ontem. Uma reunião ministerial foi convocada, e os presidentes do Senado e do STF passaram a agir para manter o ministro. Davi Alcolumbre alertou que a medida tornaria “muito difícil” a relação com o Congresso. Já Dias Toffoli avisou que a demissão não seria bem recebida pela Corte. Houve panelaços no Rio e em São Paulo. Na reunião, ministros de formação militar apoiaram a permanência do titular da Saúde, mas cobraram do colega que aproximasse seu discurso da fala do presidente, para demonstrar coesão no governo. Já era noite quando Mandetta, que se recusou a endossar decreto liberando ou soda hidroxicloroquina no tratamento do novo coronavírus, anunciou que ficaria. Contou que suas gavetas chegaram a ser esvaziadas .“Há críticas que não vêm para construir”, disse.
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