Samasa responde a questionamentos dos vereadores em Três Barras

Ernani Wogeinaki foi sabatinado por quase duas horas                                                                        

O diretor executivo do Serviço Autônomo Municipal de Água e Saneamento Ambiental (Samasa), Ernani Wogeinaki, atendeu o convite da Câmara de Vereadores de Três Barras e participou da sessão realizada nesta quarta-feira, 19. Por quase duas horas ele foi sabatinado pelos edis e respondeu a questionamentos que envolvem desde as constantes faltas de água no distrito do São Cristóvão até o Saneamento Básico. A sessão também foi a maior do ano tendo 2 horas e 40 minutos de duração, atingindo o total do tempo regimental previsto, mesmo após as prorrogações.

 

O primeiro a questionar foi o presidente da casa, Laudecir Gonçalves, o Barriga (PR), que desejava saber sobre uma obra realizada no terreno onde antigamente ficava a Vila 3 da Rigesa, alegando que a empresa teria colocado 124 tubos na área enquanto ela ainda pertencia a prefeitura municipal e que meses depois, esta, teria sido devolvida a empresa. Wogeinaki respondeu que não tinha conhecimento sobre a obra e a equipe técnica que o acompanhava também disse desconhecer a situação, mas que iriam apurar o que ocorreu. Ele também afirmou que muitos documentos de trabalhos técnicos foram perdidos na transição de gestão.

 

Os vereadores também abordaram a regulamentação da lei que obriga a companhia de águas a instalar a rede de distribuição dos dois lados da rua, no local onde ficariam as calçadas, para evitar que possíveis manutenções no sistema acabem por danificar os asfaltos. Nesta questão Wogeinaki afirmou que a Samasa já está na prática da ação e que conta com apoio do poder executivo. Segundo ele, a empresa já chegou a recusar a ligação do abastecimento em um loteamento da cidade que não estava de acordo com a regulamentação. “Só liga depois que tiver canos instalados dos dois lados”, completou.

 

João Canani (PSB) também quis saber a respeito dos canos, mas se referindo as ruas que já existem. Wogeinaki garantiu que já pediu a prefeitura que reporte todas as ruas que receberão obras de drenagem e pavimentação para que seja aproveitada a mesma obra para a adequação da nova tubulação proposta pela Samasa: “Aí já aproveita que vai ter que escavar pra fazer o asfalto, faz junto a obra da distribuição da água e gera solução e economia ao município”, garantiu.

 

Já o vereador Marco Antonio de Souza, Gorguinho (PMDB), argumentou que existem 3 caminhos para a realização do saneamento básico: contratação direta de terceira para prestação do serviço, como acontece hoje com a Serrana Engenharia Ambiental, realização de um edital de concessão ou que a própria empresa contrate os funcionários e realize os serviços. Ele quis saber do Diretor do Samasa se já se chegou a um consenso do que fazer.

 

Ernani respondeu que a atual gestão ainda está na fase de planejamento e que o contrato com a Serrana Engenharia será prorrogado até dezembro para que ambos consigam pensar em uma solução para a situação. Quanto à concessão, Wogeinaki descartou a possibilidade por acreditar que as vencedoras do edital lançado na gestão anterior estariam organizando a prática de cartel. “O caminho não está definido, estamos estudando”, comentou.

 

Para o filho do diretor do Samasa, e também vereador, Ernani Wogeinaki JR (PSB), os questionamentos foram a respeito do Fundo Municipal de Investimento em Saneamento, dos reservatórios do São Cristóvão e também sobre a saúde financeira da instituição.

 

Wogeinaki (pai), respondeu que o fundo que foi criado por uma lei municipal tem algumas inconsistências e que não fica claro de onde será gerado o recurso que alimentará a conta. Mesmo assim, afirmou que o imposto de renda e o imposto sobre serviço recolhido pela própria autarquia alimenta o fundo, uma renda mensal de aproximadamente R$ 17 mil.

 

Quanto aos reservatórios, Wogeinaki garantiu que já está em planejamento à instalação da estrutura e que parte do recurso a ser utilizado virá do Fundo de Saneamento, que hoje tem R$ 140 mil reais em caixa. E sobre a saúde financeira do Samasa garante que a empresa tem faturamento, mas que, as constantes manutenções que surgem pela cidade atrapalham o potencial de investimento.

 

A vereadora Siomara Muhlmann Correa (PP) solicitou informações sobre o Plano Municipal de Saneamento, e recebeu como resposta que o plano feito anteriormente não atende as necessidades do município. Segundo Wogeinaki o documento prevê de um único sistema interligado o que exigira um grande números de bombas para conseguir transferir o esgoto pelo morros do município até a estação de tratamento. Wogeinaki garantiu que é necessário fazer um novo estudo com a proposta de Micro Estações de Tratamento setoriais, para atender aos bairros do município.

 

Ernani Wogeinaki também afirmou que esteve na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e que a Samasa tem contado com apoio para o desenvolvimento do novo plano de saneamento municipal e que está recebendo todo o apoio técnico: “cidade que não planeja, não tem futuro, tem destino” finalizou.

 

 

 

 

 

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