Percentual catarinense corresponde a 4 mil óbitos a mais do que em 2019, aponta pesquisa do IBGE
Em 2020, ano marcado pela irrupção da pandemia do novo coronavírus, que passou a atingir a população brasileira a partir de março, Santa Catarina registrou 4.019 óbitos a mais do que no ano anterior, totalizando 46.041 óbitos ante 42.022 totalizados em 2019. Os indicadores provém das Estatísticas do Registro Civil 2020, divulgadas nesta quinta-feira, 18, pelo IBGE.
O total de 46 mil óbitos é o maior da série histórica da pequisa para Santa Catarina.
O aumento de óbitos catarinense, 9,5%, foi o terceiro menor do país. Todas as 27 Unidades da Federação apresentaram crescimento do total de óbitos, sendo os percentuais mais baixos os do Rio Grande do Sul (4,0%) e de Minas Gerais (7,9%). No outro extremo, o Pará teve 28,0% mais óbitos em 2020 do que em 2019, e o Amazonas, quase 1/3 a mais (32,0%).
Nacionalmente, foram 196 mil óbitos a mais em 2020 na comparação com o ano anterior, o que representou um crescimento de 14,9% do total.
Em Santa Catarina houve, na comparação entre 2020 e 2019, 3.165 óbitos a mais entre as pessoas de 60 anos ou mais, um aumento de 10,6%. Essa faixa etária concentrou 32.928 dos 46.041 óbitos de 2020, portanto praticamente 72 a cada 100 óbitos registrados (especificamente, 71,5%).
Morreram em 2020, no estado, mais homens (56,7%) que mulheres (43,3%). A única faixa etária com mais óbitos entre as mulheres do que entre os homens, no estado, foi a de 80 a 84 anos.
Não são discernidos, na pesquisa, os episódios e doenças que levam a óbito, mas há uma distinção entre óbitos naturais e não-naturais, sendo esses últimos causados por causas externas, como homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais e outros.
De cada 100 óbitos em Santa Catarina em 2020, 93 foram naturais e 7 não-naturais (92,9% e 6,7% especificamente, restando ainda 204 óbitos cuja causa foi ignorada).
Os óbitos não-naturais, como em outros anos, se concentraram no grupo masculino mais novos, os homens de 15 a 24 anos respondem por 16% de todos os óbitos não naturais e 19,3% dos óbitos masculinos. Na faixa etária de 15 a 24 anos, 71 em cada 100 óbitos são masculinos.
REGIÃO
Na região, Major Vieira teve o maior número de mortos da década (66 no total).
Canoinhas registrou o terceiro maior número de mortos da década. Foram 408 mortos ao longo do ano passado. Número inferior apenas aos anos de 2018 (416 mortos) e 2017 (415).
Já Três Barras teve o segundo maior número de mortos da década (131), perdendo somente para 2013, com 136 óbitos.
Bela Vista do Toldo, por sua vez, também teve o terceiro maior número de mortos da década. Foram 45 óbitos registrados.
Santa Catarina tem menor queda percentual de nascimentos
O estado teve em 97.973 nascimentos ocorridos e registrados em 2020, 155 nascidos a menos do que registrara o ano anterior, uma redução de 0,2%.
Em todos os estados e no Distrito Federal houve menos nascimentos em 2020 do que em 2019. No país como um todo a queda foi muito superior à catarinense. 4,7% de nascimentos a menos. No Amapá, a redução do total de nascimentos ocorridos e registrados em 2020 foi de 15,4%;
Em Santa Catarina nasceram um pouco mais homens (51,3%) que mulheres (48,7%). Sobressaiu no estado um aumento de 34% de nascidos vivos com mães estrangeiras de 237 para 931 casos.
É catarinense a menor proporção de nascidos vivos cujas mães tinham menos de 20 anos de idade 9,5%. Nacionalmente, 13,4% das mães tinham menos de 20 anos.
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Total de casamentos decresce mais de ¼ em 2020 no estado
O estado teve, em 2020, 27% a menos de casamentos registrados que no ano anterior, passando a totalizar 24.198. Em 2019, na comparação com 2018, o total de casamentos havia aumentado.
Santa Catarina foi a 14ª Unidade da Federação em número de casamentos.
Também os casamentos entre cônjuges do mesmo sexo diminuíram. Foram 255 deles no estado em 2020, correspondendo a 1% do total do ano e 32% a menos do que 2019.