Santa Catarina registrou 276 casos de sarampo até dezembro de 2019

Na região foram registrados 11 casos em Canoinhas, nove em Porto União, dois em Monte Castelo e um em Mafra

 

 

A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) divulgou nesta quarta-feira, 8, novo boletim epidemiológico de monitoramento de surto de sarampo no Estado. Até o dia 29 de dezembro, foram registrados 276 casos de sarampo em Santa Catarina, outros 581 casos suspeitos foram descartados e 58 estão em investigação ou reteste.

 

 

 

Em Canoinhas não houve aumento no número de casos de sarampo no mês de dezembro. Foram 11 casos registrados em Canoinhas até novembro. Já em Porto União, o número de casos confirmados da doença subiu de quatro para nove. Monte Castelo que tinha apenas um caso até novembro, registrou mais um no mês de dezembro. Mafra manteve apenas um caso da doença. Outros municípios da região não tiveram incidência do vírus.

 

 

 

Em Santa Catarina são 36 municípios com surto ativo do sarampo. Os três primeiros casos da doença no Estado eram de tripulantes de um navio no mês de fevereiro de 2019. Segundo a Dive/SC os novos casos registrados têm histórico de residência, deslocamento ou provável contato com casos confirmados no período de exposição em outros estados do País onde estão ocorrendo surtos. Apesar de exaustiva investigação dos casos pelas equipes de vigilância, em 70% dos casos a fonte de infecção não foi identificada.

 

 

 

RECOMENDAÇÕES DA DIVE/SC

Considerando a alta transmissibilidade do sarampo, o atual comportamento da doença no cenário brasileiro e surtos ativos em 36 municípios do estado de Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), da Secretaria de Estado da Saúde Santa Catarina, em parceria com as secretarias municipais de saúde, segue com a recomendação que, na ocorrência de casos suspeitos de sarampo, sejam reforçadas as medidas de vigilância e controle com objetivo de detectar precocemente os casos e evitar a dispersão viral:

 

a) Notificação imediata de casos suspeitos (pacientes com febre, exantema, coriza e/ou tosse e/ou conjuntivite);
b) Atenção especial aos casos suspeitos de viajantes e/ou pessoas que tiveram contato com viajantes nacionais e internacionais nos últimos 30 dias;
c) Orientação para o isolamento hospitalar ou domiciliar do caso suspeito até o final do período de transmissibilidade (período de 6 dias antes do aparecimento do exantema até 4 dias após);
d) Bloqueio vacinal dos contatos, ocorrido no período de transmissibilidade, em até 72 horas e monitoramento destes por até 30 dias;
e) Investigação dos casos quanto a possíveis fontes de infecção;
f) Busca retrospectiva de casos em prontuários de hospitais e laboratórios públicos e privados;
g) Atualização da caderneta de vacinação de crianças e adultos em todas as oportunidades;
h) Coleta de amostras clínicas para sorologia e identificação viral e encaminhamento obrigatório ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC).

 

 

 

A Dive/SC ressalta que a vacina tríplice viral é a maneira mais eficaz de prevenção contra o sarampo, além de proteger também contra rubéola e caxumba. O Ministério da Saúde recomenda a intensificação da vacinação de rotina, conforme Calendário Nacional de Vacinação com uma dose da vacina aos 12 meses e com reforço aos 15 meses; duas doses a partir de 12 meses a 29 anos de idade; e uma dose para a população de 30 a 49 anos de idade; além da dose zero para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.

 

 

A Campanha Nacional de Vacinação contra o sarampo em 2020 acontecerá em duas etapas:

  • 1ª etapa: 10/02 a 13/03 para a população alvo na faixa etária de 5 a 19 anos, dia D 15/02.
  • 2ª etapa: 03 a 31/08 para a população alvo na faixa etária de 30 a 59 anos, dia D 22/08.
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