Novo relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica aponta três mortes em uma semana
O vírus Influenza provocou a morte de 62 pessoas em Santa Catarina neste ano, aponta o mais recente relatório da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do Estado (Dive/SC) sobre a doença, divulgado nesta segunda-feira, 7. Uma dessas pessoas era morador de Canoinhas e outra de Mafra.
De acordo com o boletim, o número aumentou em relação à semana anterior: mais três mortes foram confirmadas nas cidades de São José e Águas Mornas, na Grande Florianópolis, e em Camboriú, no Vale do Itajaí.
De 30 de dezembro de 2018 a 7 de outubro de 2019, foram notificados 1.852 casos suspeitos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG),em Santa Catarina. Destes, 470(25,4%) foram confirmados para influenza, sendo 361 (76,8%) pelo vírus A (H1N1), 54 (11,5%) pelo vírus A (H3N2), 19 (4,0%) aguardando subtipagem, 35 (7,4%) pelo vírus Influenza B e um (0,2%) encerrada por vínculo epidemiológico.
Outros 1012 (54,6%) casos de SRAG tiveram resultado negativo para influenza A e B (SRAG não especificada), 342 (18,5%) casos de SRAG foram ocasionados por outro vírus respiratórios, 02 (0,1%) SRAG por outros agentes etiológicos e 26 (1,4%) casos se encontram em investigação, aguardando confirmação laboratorial. Da região, sete casos foram confirmados em Canoinhas, três em Papanduva, Itaiópolis e Três Barras com um caso cada.
Dos 470 casos de SRAG confirmados como influenza, 269 (57,2%) apresentaram pelo menos um fator de risco para agravamento, com destaque para 134 (49,8%) adultos (acima de 60 anos); 87 (32,3%) com doença cardiovascular crônica; 75 (27,9%) com Diabetes Melittus. Desses, 382 evoluíram para a cura, 62 foram a óbito e 26 estão aguardando evolução do caso.
Os óbitos confirmados por SRAG Influenza acometeram pacientes residentes em Jaraguá do Sul com 7 casos; Joinville com 6 casos,Tubarão com 4 casos; Blumenau e Chapecó com 3 casos cada; Balneário Camboriú, Criciúma, Palhoça, Rio Negrinho, São Bento do Sul, São José e São Miguel do Oeste com 2 casos cada; Águas Mornas, Alfredo Wagner, Biguaçu, Brusque, Camboriú, Campos Novos, Canoinhas, Descanso, Florianópolis, Fraiburgo, Governador Celso Ramos, Guabiruba, Itapema, Lages, Mafra, Meleiro, Peritiba, Pomerode, São Francisco do Sul, São João Batista, São Joaquim,São Lourenço do Oeste, Seara, Tangará e Tunápolis, com 1 caso cada.
PREVENÇÃO
O perfil de casos mostra a importância de a população procurar o serviço de saúde mais próximo da residência aos primeiros sinais e sintomas de gripe para o tratamento adequado, em especial os portadores de fatores de risco para agravamento e óbito (idosos, crianças, doentes crônicos etc.), pois estes têm maior probabilidade de apresentar complicações quando infectados pelo vírus Influenza.
A gripe causada pelo vírus influenza é uma doença grave que causa danos à saúde das pessoas há muitos séculos. É transmitida a partir das secreções respiratórias, podendo também sobreviver de minutos a horas no ambiente, sobretudo em superfícies tocadas frequentemente. A partir do contato com um doente ou superfície contaminada, o vírus pode penetrar pelas vias respiratórias, causando lesão que pode ser grave e até fatal, se não tratada a tempo.
VACINA
A cobertura vacinal do estado foi de 87,25%, e a meta era de 90% neste ano, segundo a Dive. Quando se estratifica a cobertura verifica-se que foi atingida a cobertura nos idosos que é uma das categorias que mais tem risco de adoecerem pela influenza, abaixo a cobertura vacinal com as porcentagens alcançadas.
A vacinação contra influenza mostra-se como uma das medidas mais efetivas para a prevenção da influenza grave e de suas complicações. As vacinas utilizadas nas campanhas nacionais de vacinação contra a influenza do PNI são trivalentes que contêm os antígenos purificados de duas cepas do tipo A e uma B, sem adição de adjuvantes e sua composição é determinada pela OMS para o hemisfério sul, de acordo com as informações da vigilância epidemiológica.