Santa Catarina teve 241 casos confirmados de sarampo em 2019

Em Canoinhas, não houve aumento no número de casos confirmados

 

 

 

No ano de 2019, foram notificados 792 casos suspeitos em Santa Catarina com uma taxa de notificação 11,0 por 100.000 habitantes. Foram descartados 474 casos, 241 confirmados e 77 estão em investigação ou reteste, conforme protocolo recomendado pelo Ministério da Saúde.

 

 

 

Os casos confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC), no período de 50 semanas, são classificados como relacionados a importação pois as evidências epidemiológicas demonstram que, além dos tripulantes do navio de nacionalidade estrangeira, os novos casos registrados têm histórico de residência, deslocamento ou provável contato com casos confirmados no período de exposição em outros estados do país onde estão ocorrendo surtos. Apesar de exaustiva investigação dos casos pelas equipes de vigilância em 50% dos casos a fonte de infecção não foi identificada.

 

 

 

Entre os 241 casos confirmados, três foram em tripulantes de um navio no mês de fevereiro de 2019; outros casos estão distribuídos geograficamente nos municípios de Joinville (101) Florianópolis (31), Concórdia (18), Jaraguá do Sul (12), Canoinhas (11), Porto União (9), Palhoça (7), São José (6), São Bento do Sul (4), Peritiba (4), Barra Velha (3), Tubarão (3), Seara (3), Araquari (3), Governador Celso Ramos (2), São Francisco do Sul (2), Guaramirim (2), Monte Castelo (2), Blumenau (1), Caçador (1), Alto Bela Vista (1) Balneário Camboriú (1), Balneário Piçarras (1), Modelo (1), Schroeder (1), Guabiruba  (1), São João Batista (1), Imbituba (1), Mafra (1), Jaborá (1), Presidente Castelo Branco (1), Vargem Bonita (1) e Rio dos Cedros (1).

 

 

 

A faixa etária com maior número de casos confirmados de sarampo em Santa Catarina concentra-se nos adultos jovens, de 20 a 29 anos, com 105 casos (43,5 %), seguido da faixa etária de 15 a 19 anos com 74 casos; as outras faixas etárias estão distribuídas em 26% do total de casos confirmados.

 

 

RECOMENDAÇÕES

Considerando a alta transmissibilidade do sarampo, o atual comportamento da doença no cenário brasileiro e surtos ativos em 33 municípios de Santa Catarina, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), da Secretaria de Estado da Saúde Santa Catarina, em parceria com as secretarias municipais de saúde, segue com a recomendação que na ocorrência de casos suspeitos de sarampo, sejam reforçadas as medidas de vigilância e controle com objetivo de detectar precocemente os casos e evitar a dispersão viral:

a) Notificação imediata de casos suspeitos (pacientes com febre, exantema, coriza ou tosse e conjuntivite);

b) Atenção especial aos casos suspeitos de viajantes ou pessoas que tiveram contato com viajantes nacionais e internacionais nos últimos 30 dias;

c) Orientação para o isolamento hospitalar ou domiciliar do caso suspeito até o final do período de transmissibilidade (período de seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após);

d) Bloqueio vacinal dos contatos, ocorrido no período de transmissibilidade, em até 72 horas e monitoramento destes por até 30 dias;

e) Investigação dos casos quanto a possíveis fontes de infecção;

f) Busca retrospectiva de casos em prontuários de hospitais e laboratórios públicos e privados;

g) Atualização da caderneta de vacinação de crianças e adultos em todas as oportunidades;

h) Coleta de amostras clínicas para sorologia e identificação viral e encaminhamento obrigatório ao Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/SC).

 

 

 

A Diretoria de Vigilância Epiemiológica de Santa Catarina (Dive/SC) ressalta que a vacina tríplice viral é a maneira mais eficaz de prevenção contra o sarampo, além de proteger também contra rubéola e caxumba. O Ministério da Saúde recomenda a intensificação da vacinação de rotina, conforme Calendário Nacional de Vacinação, com uma dose da vacina aos 12 meses e com reforço aos 15 meses; duas doses a partir de 12 meses a 29 anos de idade; e uma dose para a população de 30 a 49 anos de idade; além da dose zero para crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias.

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