Saturação de UTIs nos grandes centros deve trazer pacientes para o interior de SC

Região tem 48 leitos de UTI credenciados pelo SUS, cinco deles em Canoinhas

 

 

 

PREOCUPAÇÃO

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez uma declaração minimamente preocupante para Santa Catarina. Ele disse em entrevista à CNN Brasil na quinta passada que o Estado verá o aumento exponencial de casos de covid-19 nas próximas duas semanas. Toma por base o modelo de países como Itália e Estados Unidos. Só mesmo a intervenção divina seria capaz de desenhar realidade diferente ao Brasil, que vê cidades como Rio de Janeiro e São Paulo com 90% de ocupação de leitos de UTI. O avanço ao interior já está sendo articulado. Ou seja, sem vagas nas UTIs das grandes cidades, pacientes serão encaminhados a hospitais do interior.

 

 

 

 

Ainda dentro da lógica, como fica Canoinhas e região? Ora, se não nos tornarmos um ponto fora da curva, vamos ter de receber pacientes de Florianópolis, Chapecó, Joinville e várias outras grandes cidades do Estado que estão com alto número de contaminados.

 

 

 

 

Somando as vagas credenciadas pelo SUS em Canoinhas, Mafra, Porto União e São Bento do Sul, são 48 leitos para adultos. São vagas que podem ser ocupadas por qualquer cidadão brasileiro, pois são bancadas com dinheiro do Governo Federal.

 

 

 

 

Em Canoinhas são cinco vagas credenciadas. O Governo do Estado havia prometido 18 leitos, o que não se concretizou e que se torna ainda mais difícil de acontecer com o governo se vendo às voltas com uma série de denúncias envolvendo compra de equipamentos necessários para o combate à covid-19. De qualquer forma, se credenciadas estas vagas, elas são do Estado, não de Canoinhas.

 

 

 

 

 

A estrutura regional é frágil e como constata o dr Geraldo Chaves, médico pediatra que atua em Papanduva, se a saturação dos grandes centros empurrar pacientes para o interior, as vagas da região lotam em pouquíssimo tempo. A grande questão é: como parece claro, teremos casos graves na região, mas estes, porém, chegarão mais tarde. Quando tivermos as confirmações, os leitos estarão ocupados com pacientes de outras cidades.

 

 

 

 

A secretária de Saúde de Canoinhas, Kátia Oliskovicz, confirma, se o SUS pedir, não tem como impedir a cessão de leitos para pacientes de fora da região.

 

 

 

Como se vê, a demonização dos terceirizados da WestRock parece um pequeno problema diante do que vem pela frente. Que sejamos um ponto fora da curva.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

SEMANA DECISIVA

Se Carlos Moisés (PSL) passar incólume a devastação provocada pela operação O2 nesta semana será um milagre. Se escapar das autoridades policiais, ainda enfrentará a CPI instalada na Assembleia Legislativa. A Alesc, por sinal, está há tempos com sangue nos olhos para atingir Moisés de alguma forma.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

IMPRENSA

Ao atacar a imprensa, mesmo depois de ter sido exposto em uma reportagem impecável do site The Intecept Brasil, Moisés chegou em um dos últimos estágios de um governo: culpar jornalistas por sua desgraça.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

LINHA DE FRENTE

A deputada federal catarinense Caroline de Toni (PSL) foi listada pelo jornal O Globo em reportagem deste domingo, como uma das principais lideranças da tropa de choque do presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Para a deputada, o Supremo Tribunal Federal planeja um “golpe branco” contra o presidente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

BOM NOME

Silmar Golanovski/Dayane Wolf/Divulgação

A ventilação do nome de Silmar Golanovski como possível candidato do MDB a prefeito soou bem até mesmo entre outras siglas que vislumbram uma possibilidade de coligação com a sigla.

 

 

 

Silmar tem levado uma vida pacata, cuidando de seu empório, mas como muito bem lembra um observador político, tem ficha limpa e baixíssima rejeição.

 

 

 

Questionado pela coluna, Silmar não respondeu sobre a possibilidade.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ONLINE

Com o número de mortes por coronavírus aumentando no país e a possibilidade de que o Brasil seja o novo foco da pandemia no mundo, partidos já cogitam realizar de forma online as convenções para oficializar a escolha de seus candidatos nas eleições municipais.

 

 

 

 

Embora o adiamento das eleições seja discutido, o Tribunal Superior Eleitoral não alterou o calendário até agora. As convenções estão marcadas, portanto, de 20 de julho a 5 de agosto –daqui a cerca de 70 dias.

 

 

 

 

Não só os partidos, mas também o TSE começa a se mover para adaptar as convenções à nova realidade. A discussão sobre fazê-las online, o que envolve orientação da corte sobre o que será válido, já ocorre internamente no tribunal —embora ainda não haja decisões formais sobre isso. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

 

 

 

 

 

 

 

 

VAQUINHAS

Pontapé da campanha eleitoral, a arrecadação de doações pela internet começa na próxima sexta-feira, 15, ainda cercada de dúvidas. A autorização para pedir dinheiro antes mesmo de obter o registro de candidatura nem é novidade, mas a pandemia do coronavírus mudou tudo.

 

 

 

 

No pleito de 2018, primeiro em que o TSE habilitou plataformas para oferecer o serviço a partidos e postulantes, as vaquinhas também foram abertas em maio. Candidatos em todo o país captaram com elas, no total, R$ 20 milhões.

 

 

 

 

Desta vez, além da incerteza sobre a data do pleito, outras questões rondam os comitês.

Existe clima para pedir dinheiro para campanha política no meio de uma calamidade? Os brasileiros doarão mesmo com a crise econômica que se avizinha? Passar o chapéu enquanto muitas famílias ainda vivem o luto pode pegar mal e afugentar potenciais eleitores? Dilemas que os pré-candidatos precisam responder nesta semana.

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