Secretária de Educação de Irineópolis contesta reportagem sobre gestão

Leia direito de resposta por meio do qual a secretária se defende das acusações

 

 

 

 

Reportagem da jornalista Mariana Honesko publicada em novembro de 2019 no portal VVale e reproduzida pelo JMais, elenca uma série de acusações contra a secretária de Educação de Irineópolis, Lilian Eliane Batschauer. A pedido da secretária, o JMais publica abaixo o contraponto dela às acusações. O texto redigido pela secretária está reproduzido sem qualquer edição:

 

 

 

“Com relação a reportagem publicada na edição de 15 de novembro de 2019 do Jornal O Comércio e Portal Vvale, sendo reproduzida pelo Portal JMais na data de 16 de novembro de 2019, a qual foi escrita de maneira parcial e tendenciosa, resta necessário esclarecer que tratavam-se de denúncias infundadas feitas por servidores e ex-servidor que não compactuam com o objetivo de promover uma educação de qualidade, cumprindo horários, apresentando conteúdo que agregue conhecimento aos estudantes, tendo responsabilidade em seus compromissos e honrando os recursos públicos aplicados no pagamento de salários e na manutenção de toda a estrutura da rede municipal de ensino de Irineópolis/SC.

 

 

 

Acontece que diferentemente do que foi publicado, os processos administrativos ocorrem apenas depois dos fatos denunciados nas unidades de ensino passarem por diretores e chegarem até a Secretaria de Educação. Os processos acontecem após terem sido esgotadas todas as possibilidades de diálogo para a resolução dos conflitos apresentados pela comunidade escolar.

 

 

 

Sobre as fontes ouvidas pela reportagem, saliento que a versão apresentada à equipe da redação do Portal Vvale e Jornal O Comércio, a qual foi reproduzida pelo Portal JMais, foi diferente da realidade dos fatos e, por falta de apuração, a reportagem veiculada no jornal entregue aos assinantes, comercializado em bancas e reproduzida em plataformas digitais continham depoimentos sensacionalistas, que atendiam aos interesses políticos e pessoais dos denunciantes. Por esse motivo, e atendendo ao compromisso com a verdade vim a público elucidar os fatos anteriormente apresentados de forma equivocada pela equipe de jornalismo.

 

 

 

A descrição sobre como é suposto o trabalho dentro de uma Secretaria de Educação e a comparação entre chefes e líderes, que abre a reportagem, foram as formas utilizadas para chamar a atenção do público e reforçar o discurso dos professores entrevistados, induzindo o leitor a desabonar o meu trabalho realizado na Secretaria de Educação de Irineópolis/SC.

 

 

 

A reportagem de cunho tendenciosa e parcial fez o leitor acreditar que o tratamento dispensado aos profissionais de ensino era cruel e ditatorial. Para isso, foi ouvido um grupo de professores orientados por profissional da área de direito que viu no magistério um nicho de mercado para crescer a procura por seu escritório. Uma breve pesquisa nas redes sociais já seria o suficiente para descobrir a real intenção daquele que enviou as supostas denúncias e professores até a redação do Jornal O Comércio. É sabido que o grupo buscava apenas um veículo de comunicação para replicar o discurso sensacionalista que embasa processos arquivados e alimenta perfis falsos em redes sociais. Infelizmente, na era das fake news, até mesmo profissionais conceituados da equipe do Portal Vvale, Jornal O Comércio e Portal JMais acabaram sendo vítimas e induzindo o leitor a acreditar em falácias.

 

 

 

 

Nesse viés, foi deixado de mencionar que o caso apresentado pelo advogado era muito mais complexo do que a “vigilância excessiva” como foi relatado. A professora de inglês passou por processo administrativo não pela apresentação de atestado médico, como informa a reportagem, mas após a realização de avaliações de desempenho com seus alunos, que mesmo depois de anos de aula com a profissional não demonstravam o mínimo de conhecimento sobre o idioma. As notas das avaliações, a conversa com estudantes e com os pais deixaram claro que o público atendido foi prejudicado em razão do não cumprimento das propostas pedagógicas pela profissional.

 

 

 

 

Acerca do posicionamento do vereador Sr. Sérgio Binder (PP) na 109° Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Irineópolis/SC, ressalto que como Secretária de Educação fui convidada para participar da sessão onde receberia menção de aplauso e fui pega de surpresa pela crítica do vereador. Reforço que a fala dele utilizada na reportagem não traduz o sentimento e opinião dos demais integrantes do Poder Legislativo do município de Irineópolis/SC.

 

 

 

 

Sobre o depoimento do professor 1, imagine a seguinte cena: Seu filho chega da escola e conta que durante um tempo terá outro profissional conduzindo as aulas de música porque o professor titular está de atestado para cuidar da saúde. A situação seria compreensível, afinal, pessoas adoecem. Mas, e se você soubesse que durante todo o período de licença para tratamento de saúde, recebendo o auxílio do INSS, o professor continuou exercendo atividades na vida noturna, tocando em bares e participando de festas? Como responsável você certamente denunciaria para a escola a atitude do profissional, que alegou estar incapacitado de trabalhar.

 

 

 

 

Situação como essa foi realidade no município de Irineópolis/SC, mas um dia antes da instauração de processo administrativo para apurar os fatos e aplicar as sanções necessárias, o professor pediu exoneração de seu cargo. O profissional em questão foi ouvido pela equipe do Portal VVale e Jornal O Comércio, mas em momento algum fala sobre sua falta de comprometimento com o ensino,  com os estudantes e com os recursos públicos, o qual foi advertido por estar dormindo no banheiro de duas escolas enquanto lecionava.

 

 

 

 

No caso da professora 2, é necessário esclarecer que ela havia passado por três das quatro escolas municipais de Irineópolis/SC, sendo que em todas há relatos de que a profissional criticava a própria função e atribuição de seu cargo, deixando de cumprir com seu papel dentro das unidades de ensino. Como Secretária de Educação afirmo que os conselhos sobre o uso de mídias sociais sempre foram com o intuito de preservar a moral de servidores, pois muitos deles têm pais e alunos nas suas redes de contato, sendo que mensagens poderiam ser interpretadas pelos pais como descontentamento com seus filhos.

 

 

 

 

Com relação a terceira professora ouvida pela equipe do Portal VVale e Jornal O Comércio, esta recebeu advertências em razão da qualidade do conteúdo transmitido aos alunos. As turmas da referida professora apresentaram o pior rendimento entre os alunos no nível da rede municipal através de avaliação institucional, a mesma que diz não precisar que ninguém oriente ou fiscalize seu trabalho.

 

 

 

O município de Irineópolis/SC tem muito a se orgulhar dos resultados obtidos nos últimos anos, desde as notas das escolas do município no Índice de Educação Básica (Ideb), às conquistas como a construção de uma nova escola em São Pascoal, novos Centros de Educação Infantil Nossa Senhora Aparecida (CEINSA) e Centro de Educação Infantil São Francisco, reforma e ampliação do Grupo Escolar Dalmo Edson Sfair, Grupo Escolar Zélia Milles e do Núcleo Educacional Guilherme Bossow, além de novas quadras cobertas em todas as unidades de ensino totalizando cinco.  Os mais de R$ 13.000.000,00 (treze milhões de reais) em investimentos em obras, equipamentos e promoção de cursos para os profissionais da rede, são reflexos de um trabalho em equipe e que busca atender as demandas de toda a comunidade.

 

 

 

Ainda, a reposição salarial acima do piso nacional, melhoria no percentual de pagamento de aulas excedentes, pagamento de licenças-prêmio acumuladas, aumento no percentual de pós-graduação de 15% (quinze por cento) para 25% (vinte e cinco por cento) e de regência de classe de 10% (dez por cento) para 15% (quinze por cento), foram algumas das mudanças que ocorreram na rede municipal de ensino nos últimos anos e que buscam a valorização dos profissionais da educação. Além disso, também foi implantada a progressão por curso e realizado concurso público para a contratação de profissionais, reduzindo o número de professores admitidos em caráter temporário (ACTs) nas escolas de Irineópolis/SC. A aquisição de materiais didáticos diversos, os investimentos em capacitações e obras que tornaram os ambientes apropriados para promover a aprendizagem também são algumas das conquistas recentes.

 

 

 

 

Deste modo, diante da matéria tendenciosa e parcial publicada por outros órgãos de impressa, a qual foi reproduzida pelo Portal JMais, saliento que contratei o escritório Richart & Advogados Empresarial para prestar assessoria jurídica acerca dos meus direitos, em especial sobre o direito de resposta, ora exercitado, bem como sobre a reparação dos danos causados a minha imagem pessoal e moral diante da sociedade em geral.

 

 

 

Por fim, repudio as declarações sensacionalistas, tendenciosas e parciais, que faltam com a verdade e têm o único objetivo de desqualificar a educação de Irineópolis/SC, bem como nitidamente denegrir a minha honra e moral pessoal. Defendo e apoio todos os profissionais comprometidos que atuam na rede municipal, respeitam o dinheiro público e sabem que as crianças e adolescentes merecem um ensino de qualidade e um futuro ainda melhor.”

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