Séries protagonizadas por drag queens conquistam e divertem na Netflix

Pose e AJ and the Queen são boas sacadas para maratonar

 

 

A VEZ DAS DRAGS

A Netflix vem dando atenção especial ao mundo gay. Duas das séries mais recentes a entrar no catálogo da gigante do streaming trazem histórias empolgantes. Pose é a mais antiga e estava restrita ao catálogo da Fox. A primeira temporada chegou à Netflix no final do ano passado enquanto a segunda temporada já está disponível na Fox Play. É a série que revelou Billy Porter que, além de talentoso na interpretação, causou furor na temporada de premiações com vestidos pra lá de extravagantes.

 

 

 

Pose revisita os anos 1980 e os concursos em boates gays frequentados por drag queens e transsexuais ávidas por fama. De fato esses bailes existiram. A disputa se dá basicamente entre “casas”, lugares para onde gays vítimas de preconceito dentro da própria família iam para escapar da incompreensão. Nestas casas, eles viviam dividindo as contas e se preparando para o auge: a hora de se apresentar nos bailes.

 

 

 

 

A série aborda ainda o preconceito dos homossexuais contra os iguais que se travestem e a devastação provocada pelo surgimento do HIV.

 

 

 

A segunda série é bem mais leve e divertida. AJ and the Queen é escrita e dirigida por ninguém menos que RuPaul Charles, a mais bem-sucedida drag queen do showbizz. O programa estrelado pela drag já chegou a ganhar o Emmy, mais importante prêmio da televisão mundial.

 

 

 

RuPaul interpreta basicamente ele mesmo, cruzando o país depois de ser vítima de um golpe dado por seu namorado. A tiracolo traz AJ, uma menininha pra lá de invocada que está fugindo do vício da mãe em drogas rumo ao Texas atrás do avô. O roteiro é cheio de clichês, mas são justamente a leveza e facilidade de compreender clichês que torna a série muito divertida. Recomendo vê-la alternando com algo mais pesado, digamos assim. Vai se divertir, imaginando um mundo menos arenoso.

Rolar para cima