Servidores do Judiciário aderem à greve em Canoinhas

Servidores do Judiciário canoinhense aderiram à greve estadual iniciada nesta quinta-feira, 9. O Sindicato da categoria não chegou a um acordo de reajuste salarial com o Governo do Estado.

Com a greve do judiciário, cartórios e fóruns de todas as comarcas do Estado devem ser afetados. Entre os agentes penitenciários também houve paralisação parcial, que afeta os plantões extras nas prisões.

Na tarde desta quinta-feira, 9, os servidores do Judiciário cruzaram os braços e foram para a frente do Fórum de Canoinhas. “Santa Catarina é quarto Estado em produtividade e movimentação de processos. Em relação aos técnicos, no entanto, é o 21º em remuneração. Uma das piores remunerações do Brasil e uma das melhores produtividades. Isso se acumula ao estresse e ao excesso de trabalho. Pedimos que no mínimo haja uma compensação”, disse o servidor judiciário que representa a categoria, João Sampaio.

Segundo os grevistas, quem for ao Fórum será atendido, mas os servidores não movimentarão processos até que o Governo se abra para negociação.

 

PRONUNCIAMENTO

O desembargador Nelson Schaefer Martins, que preside o Tribunal de Justiça de SC, emitiu comunicado sobre a deflagração da paralisação de servidores, lamentou a possibilidade de que essa atitude possa trazer prejuízos aos cidadãos que buscam o Judiciário em Santa Catarina. Neste sentido, por entender tal gesto como ruptura unilateral das negociações e tratativas, garantiu que a Administração não transigirá na defesa dos interesses da sociedade catarinense, representados na justa e célere solução dos litígios postos a julgamento pelo Poder Judiciário.

Segundo o presidente, o TJ desde sempre adotou postura de reconhecimento econômico para os servidores, dentro das condições financeiras e orçamentárias possíveis. Enumerou diversas medidas concedidas em sua própria gestão. “Diante desse contexto de conquistas e também do atual cenário econômico brasileiro, em que a arrecadação dos primeiros meses do ano ficou abaixo da estimativa, a cogitação ou mesmo a incitação à paralisação dos serviços judiciários, em prejuízo dos jurisdicionados, é inadmissível”, afirmou. O presidente divulgou ainda, na oportunidade, nota em que se posiciona de maneira oficial sobre a paralisação dos servidores.

 

 

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