Sob nova direção, PMDB catarinense se renova

Pragmático como de costume, deputado federal Mauro Mariani não quer gastar energia com picuinhas locais nas eleições deste ano. Em entrevista ao portal JMais, o presidente estadual do PMDB disse que cada região tem suas peculiaridades e não cabe à direção estadual do partido impor coligações.

Falando especificamente sobre o fato de em Canoinhas o PSD, atual parceiro do PMDB no Governo do Estado, ter lançado a pré-candidatura de Beto Passos a prefeito, Mariani diz que essa questão de coligações é natural e já foi assim no pleito passado. “O PSD foi adversário nosso em 220 municípios. Cada município tem suas peculiaridades e nós aprendemos a conviver com isso. O processo estadual não vai interferir nos processos municipais”, garantiu.

O deputado disse que “cada coisa a seu tempo” e que não será imposta coligação em nenhum município. “Não vetamos nenhum partido. Cada município terá autonomia para tomar suas decisões”, garantiu.

A fala de Mariani mostra que, de fato, o PMDB mudou. O resultado dessa flexibilidade – se é ou não saudável para o partido – saberemos em outubro. O partido quer ampliar o número de prefeitos. Luiz Henrique, morto há um ano, tinha visão bem diferente. Buscava de todas as formas alinhar a mesma coligação vitoriosa no Estado na maior parte possível dos municípios. Mariani pensa diferente. Se por um lado evita os conflitos locais, por outro, pode comprometer a eleição estadual.

Há quem garanta, no entanto, que a polialiança, tão custosa e festejada por LHS, já acabou. O PSD estuda lançar Gelson Merísio na disputa pela sucessão de Raimundo Colombo. O PMDB, como já é de conhecimento de todos, vai lançar Mariani. Quer, claro, que o PSD retribua a fidelidade de oito anos.

 

Ordem do dia

No bunker de Beto Faria (PMDB) já está delineada a estratégia para tentar a reeleição. A ordem é reconhecer que o governo não foi perfeito, mas fez o que foi possível diante de uma profunda crise que tem castigado municípios de todo o País. Serão destacadas as obras de pavimentação e explorada a imagem de político honesto que Faria herdou de Leoberto Weinert.

 

 

Falando em crise

Quem mais tem sentido os efeitos da crise na região são as prefeituras de Bela Vista do Toldo e Major Vieira, cidades que dependem essencialmente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A falta de indústrias aumenta a fragilidade. Nesta semana, a Federação dos Municípios (Fecam) mandou um manifesto ao Tribunal de Contas lembrando que entre 2013 e 2015 houve queda na receita dos municípios e aumento das despesas, levando muitos prefeitos a operar no vermelho.

 

 

coluna 2ARTICULAÇÃO LÁ… No sábado, 30, militantes do PSD no Planalto Norte se reuniram em Campo Alegre. De Canoinhas, Beto Passos e Wilmar Sudoski lideraram uma comitiva.

 

 

 

 

 

colunaE CÁ. No mesmo dia, peemedebistas de alta patente se reuniram em Canoinhas com o presidente estadual do partido, Mauro Mariani, e com o coordenador das eleições, Valdir Cobalchini.

 

 

 

 

Histórias de bastidores

Na semana em que faleceu, o senador Luiz Henrique teria selado acordo com o PSD e o PSDB para ser candidato a governador em 2018. Depois teria prometido o mesmo a Eduardo Pinho Moreira, a Gelson Merísio e a Derly Anunciação. Isso que Mauro Mariani já havia sido ungido pouco antes. A revelação consta do livro “Transformando Sonhos em Realidade”, do jornalista Moacir Pereira, lançado nesta semana.

 

 

RÁPIDAS

LIMITES: Com a nova legislação eleitoral, em 250 dos 295 municípios catarinenses candidatos a prefeito só poderão gastar R$ 100 mil e os que disputarão Câmaras de Vereadores apenas R$ 10 mil.

R$ 1.899: foi a média salarial dos trabalhadores da indústria catarinense em 2014.

ABAIXO: O valor é 16,5% inferior ao da média nacional, que alcançou R$ 2.263.

CARONA: Pegou mal nas redes sociais um vídeo que mostra uma ambulância da Secretaria de Saúde de Canoinhas estacionando em frente aos Correios.

PODE ISSO?: A Secretaria de Saúde disse que o motorista havia dado uma carona a outro funcionário da prefeitura.

IMPEACHMENT: A Comissão que analisa o pedido de cassação de mandato da presidente Dilma vota hoje o relatório.

DIA DECISIVO: Na quarta, 11, estarei em Brasília cobrindo a votação do relatório no plenário do Senado para o JMais e Grupo RBV de rádios. A cobertura também estará na próxima coluna.

 

 

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