Succession: Emmy 2020 consagra novelão sobre bilionários da HBO

Premiação da TV ainda consagrou Schitt’s Creek e Watchmen 

 

 

SUCESSÃO CONTURBADA

O Emmy deste ano foi diferente, claro, por causa da pandemia. A era de ouro da TV deve demonstrar fraqueza no ano que vem quando sentiremos os reflexos da interrupção abrupta na produção televisa mundial. Neste ano, porém, vimos novamente um show de altíssima qualidade se compararmos os indicados. Uma série melhor que a outra. Está difícil a vida de quem tenta selecionar a nata das mais de 400 produções que chegam anualmente ao streaming, o oásis dos telemaníacos.

 

 

 

 

Vimos três séries serem consagradas: Schitt’s Creek foi a mais premiada, papando praticamente todos os prêmios da categoria comédia, mas ainda não vi nenhum episódio. Watchmen já teve crítica aqui no site. Já Succession estamos devendo uma análise.

 

 

 

No dia do Emmy maratonei a segunda temporada curioso pelo final catártico que sabia por alto que a série teria. Concordo com todos que escreveram que a segunda supera a primeira temporada, que já tinha sido muito boa.

 

 

 

 

Aqui, Roy Logan está mais ativo do que nunca – ao contrário da primeira temporada que passou, quase toda ela, vegetando. É assim que descobrimos essa força da natureza capaz de obrigar subalternos a se passarem por porcos e privilegiar a sagacidade da única filha, nunca sem uma segunda intenção.

 

 

 

Tirando de lado o dramalhão digno de novelas da Globo, Succession tem um elemento que a torna especial. Acho curioso o modo como os roteiristas  abordam o mundo dos bilionários, demonstrando um notável conhecimento desse mundo tão particular. Acho que isso fascina na série. Há algo muito tóxico no ar. Essa toxicidade que permeia todas as relações revela um mundo de muitas cifras e poucos sentimentos. Um certo consolo a nossa imensa pobreza diante de gente tão endinheirada.

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