Vereadores debateram as soluções e viram em Universidade uma possível aliada na questão
A superpopulação de animais de rua em Canoinhas foi debatida pelos vereadores nesta segunda-feira, 3. Requerimento escrito por Paulinho Basílio (PMDB) solicita saber se seria possível firmar convênio com a Universidade do Contestado (UnC), campus Canoinhas Marcílio Dias, além do Hospital Veterinário, para a realização de castrações. De acordo com Basílio, a proposta, além de beneficiar o município com a agilidade nas castrações, proporcionaria aos alunos a chance de aplicar na prática o que é ensinado em sala de aula.
De acordo com a vereadora Camila Lima (PMDB), há cerca de 36 mil cães de rua na cidade e, por isso, muita gente a procura requisitando a construção de um abrigo. Mas isso, segundo Camila, serviria como um “depósito de cães.” “A castração a longo prazo é a solução para a diminuição de cães de rua”, enfatizou. Concordando que se trata de um caso de saúde pública. Vereador Paulo Glinski (PSD) sugeriu que, paralelo ao requerimento, o Município verifique com consultórios veterinários a possibilidade de que seja oferecido um número de castrações a ser realizado por um preço mais acessível, para ser custeado pela administração.
Também pensando em opções, Norma Pereira comentou que existe uma vacina que é aplicada em machos, cujo preço fica em torno de R$ 60, e que não oferece perigos de doenças pós-cirúrgicas, nem de alas para que o animal permaneça após os procedimentos. “Mais prático e barato”, foi como ela definiu. Já o presidente da casa, Wilmar Sudoski (PSD) lembrou outro fato ligado a este tema: a conscientização. Ele alertou que, ao levar um animal para casa, é preciso ter a consciência de que poderá causar transtornos e que, quando isso ocorre, muita gente acaba por abandoná-los nas ruas novamente.
Telma Bley (PMDB) lembrou que em 2009 foi implantado um modelo de castração de felinos na cidade, que deu certo, quando os donos ficavam responsáveis pelo pré e pós-operatório. Contou também que à época foi tentado um convênio com a UnC para tratar do caso dos cães de rua, mas que os preços ultrapassavam o limite com que o município poderia arcar. “Existe a Universidade e o curso. Basta um pouco de boa vontade por parte da instituição”, concluiu.