Pelo andar da carruagem, a impressão que dá é que o catarinense vai votar em qualquer um dos nove concorrentes de Colombo se não concordar com ele. Todos parecem ser a mesma coisa. Pior, Claudio Vignatti (PT) e Paulo Bauer (PSDB), os principais concorrentes, são a mesma coisa.
Chegamos ao cúmulo de a presidente Dilma Rousseff (PT) vir ao Estado acender uma vela para Colombo e outra para Vignatti. Posou em fotos com ambos, a fim de reforçar que tem palanque duplo no Estado.
Bauer fez pior. Não cobrou da sua claque que abandone os cargos nas Secretarias de Desenvolvimento Regional. Isso que vem de quatro anos de apoio irrestrito, sem nem um discurso oposicionista na Assembleia. O PT ainda tinha Dirceu Dresch, bancando o biruta de aeroporto, pregando no deserto que a Assembleia se transformava quando abria a boca para criticar o Governo do Estado.
Na real, Vignatti é candidato por teimosia, mas não tem apoio irrestrito nem de Dilma, que aposta mesmo em Colombo. Bauer apenas quer mostrar a cara. Seu interesse está em se manter no Senado, onde não precisa se preocupar com questões administrativas, a não ser determinar para onde vai sua gorda verba de gabinete.
Com Colombo reeleito, PT e PSDB pretendem reivindicar seu quinhão no Governo por facilitar tão descaradamente a vitória do governador.
Dessa forma, temos o pior cenário eleitoral que poderíamos sequer imaginar em SC. Não que Colombo seja um mau candidato. O que fere nosso Estado é a acéfala oposição que reafirma que democracia é apenas retórica de esquerdista. O que vale é a negociação pós-eleição.
Ele tenta
Sai presidente, entra presidente e um funcionário-problema da Câmara de Canoinhas tenta de todas as formas fazer valer uma manobra que ele mesmo arquitetou para garantir um plus de 30% ao salário de R$ 9,5 mil que ganha. Devendo mais de 100 horas que não cumpriu da sua carga, só no ano passado, ele acredita ter status de secretário municipal e, baseado nisso, quer a gratificação. Dos últimos quatro presidentes da Câmara, nenhum deu ouvidos ao pleito.
De fato, a manobra para garantir a gratificação chegou a ir para votação por um ‘descuido’ do presidente à época, Célio Galeski (PSD). A imprensa tomou conhecimento do trem da alegria e ao denunciar, fez os vereadores recuarem. Na cabeça do servidor, no entanto, o direito lhe foi assegurado.
RÁPIDAS
15%: dos eleitores vão votar por meio de urnas biométricas em outubro.
UMA EM CADA SEIS: tevês é desligada durante o Horário Eleitoral Gratuito.
4 MIL: registros de candidatos às eleições de outubro foram impugnados até o momento pelo Ministério Público Eleitoral.
SOLUÇÃO: O Município prevê para a próxima semana a assinatura de contrato com uma empresa de Foz do Iguaçu para administrar as balsas que atendem Canoinhas.
CAUSA: Determinação federal proíbe o Município de administrar as balsas. A terceirização, no caso, é permitida.
FUNÇÃO: Prefeito Elói Quege (Três Barras) assumiu a coordenação regional da campanha de Dilma Rousseff (PT). A federal, ele vai apoiar o filho de João Pizzolatti (PP), já que o pai está enquadrado na Ficha Suja.
E AÍ?: Tem gente se fazendo de planta, de novo, sobre a audiência pública, que já deveria ter ocorrido, para avaliar o cumprimento do contrato entre o Município e a Casan.