Série consegue continuar instigante mesmo depois de 36 episódios
O CONTO DA AIA
A terceira temporada de The Handmaid’s Tale, encerrada no domingo passado aqui no Brasil (a série é transmitida pelo Paramout Channel) conseguiu reavivar nos seus muitos fãs o frescor dos primeiros episódios. Os 13 capítulos desta temporada começaram um tanto mornos. Acreditava-se que, mais uma vez, veríamos aquela sucessão grotesca de humilhações, terror psicológico e agressões físicas à June e suas companheiras.
Os capítulos seguintes mostraram que o roteiro conseguiu parar de dar voltas e nos entregou uma conclusão estupenda, (atenção, spoilers) com a debandada de um grupo de crianças rumo ao místico e utópico para os moldes dos EUA pós Gileade, Canadá.
Desde o começo da série o que os espectadores mais queriam ver era a ruína do Comandante Fred Waterford e sua insossa esposa Serena. Pois bem, enfim, vimos ambos se darem mal na ânsia por retomar a guarda da bebê que June trouxe à luz sob o domínio do casal.
A conclusão da temporada, no entanto, nos deixa o maior questionamento da série: até quando June aguenta tanta provação? O sol, enfim, vai voltar a brilhar para ela? Ela vai conseguir retomar a guarda da filha Hannah para enfim fugir para o Canadá e cair nos braços de Mark? Se tanto sofrimento assim vai se acabar só saberemos (talvez) na quarta temporada.
June saiu mais forte depois de passar por tantas coisas e seu poder de influência junto às martas e procriadoras aumentou. Ela tem tudo para se tornar a grande líder da virada, se é que há como derrubar Gileade.
O sucesso de The Handmaid’s Tale deve ensejar a adaptação de Os Testamentos, continuação de O Conto da Aia (o livro que deu origem à série) lançado nesta semana.