Área deveria comportar residencial construído pela Caixa Econômica
Mais de 60 pessoas invadiram uma área de cerca de dois alqueires pertencentes a maior parte à prefeitura de Três Barras na manhã desta segunda-feira, 11. O terreno fica nos fundos do Caic e há, também, parte de particulares.
Segundo a Polícia Militar, os invasores apenas cercaram a área e ergueram barracos, mas não há comprovação de quem alguém vai morar no local.
A área foi doada pela Prefeitura para que a Caixa Econômica Federal construísse 110 casas populares, o que, de fato, não se concretizou.
Segundo o prefeito Elói Quege (PP), ele deve chamar os invasores para uma conversa e tentar dissuadi-los, argumentando que a Caixa não desistiu da construção das casas e que os hoje invasores, amanhã podem se beneficiar das moradias.
Segundo Quege, a questão é política. “Prometeram que se ganharem a eleição, os terrenos vão ser regularizados. A ocupação se deu sem nenhum critério”, afirma.
O prefeito explica que conseguiu há dois anos financiamento do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), do Governo Federal, para construir as casas para famílias que vivem em áreas de risco, como é o caso das ribeirinhas. A partir de então, desapropriou a área hoje invadida. O Ministério das Cidades chegou a licitar a obra, mas não depositou a primeira parcela dos recursos alegando corte no orçamento federal. “Gostaria de estar entregando as casas agora, mas o que podemos fazer?”, questiona Quege.
O prefeito diz que na conversa com os invasores, vai lembrá-los que não será possível a instalação de luz e água no terreno, por exemplo.
Por força da lei, Quege diz que a prefeitura deve entrar na Justiça com pedido de reintegração de posse da área.