Tesouro escondido

‘’ Amigos leitores’’

“Nem todo tesouro é visível; muitas vezes está até escondido.

Assim acontece também no meu Colégio. A fonte de saúde está debaixo da terra, e coberto por um simples telhadinho.’’

É o precioso poço semiartesiano. Eis o que consta na crônica das Irmãs:

 

Aos 3 de outubro de 1962 começou-se com a perfuração do poço artesiano. Em pouco tempo eram perfurados uns 10 metros; mas quando se encontrou a rocha, era duro o trabalho. Esperou-se água aos 30m – 40m – 60m – 90m, porém, nada vinha; antes querosene conforme o cheiro.

Quanto menos esperanças davam as duras camadas de rocha, tanto mais rezava a comunidade. Todas as Irmãs faziam promessas. Cada uma com seu santo de devoção. Uma novena após a outra fazíamos ao Sagrado Coração de Jesus, patrono e chefe de nossa casa.

Santas relíquias, pondo na perfuração, deviam ajudar. Aos 2 de novembro após um mês  de persistente trabalho, vinham golpes de água, porém não suficiente para a instalação de um poço.

Parecia um trabalho malogrado… Na firme esperança, porém, seguiu-se nas manobras da perfuração e apesar de adiantar, às vezes, só 10 a 20cm por dia, de tão compacta a rocha.

As 28 amostras das diferentes camadas da rocha comprovam o trabalho penoso. Estão guardadas como amostras interessantes de geologia e como lembrança.

Aos 221 metros de profundidade os trabalhadores fizeram nova prova de água. Chegou a 24.000 – 25.000 litros diários. Resultado satisfatório para instauração do poço.

Todos nós respirávamos aliviados, tanto as Irmãs como os operários e íamos ainda cumprindo as promessas feitas, que iam longe…

O trabalho e a confiança eram coroados.

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