The Morning Show é viciante

Apple TV estreou com poucas opções, mas essa valeu por muitas

 

 

 

SUFOCANTE


A Apple TV estreou em novembro passado no Brasil com um catálogo bastante modesto, a diferença com a Netflix é abismante. Contudo, entre as poucas opções há uma que vale por muitas.

 

 

 

The Morning Show vem na esteira do movimento #metoo e a onda de demissões e condenações que pegou nomes do calibre de Harvey Weinstein e Kevin Spacey. Mostra os bastidores de um telejornal matutino abalado com uma denúncia de assédio sexual contra seu âncora, Mitch Kessler (Steve Carell). Imediatamente desligado da emissora, Mitch é execrado. 

 

 

 

Cabe a sua colega de bancada, Alex Levy (Jennifer Aniston) tentar colocar panos quentes na questão, porém, uma atitude precisa ser tomada para garantir a continuidade do programa. Alex vinha por um fio. Seu comportamento de estrela com direito aos mais variados chiliques já tinham irritado a direção da emissora o suficiente, porém, é a hora dela reverter isso. Mas como, sendo ela mesma uma possível vítima de Mitch?

 

 

 

 

Partindo dessa premissa, a série nos leva para caminhos imprevisíveis que invariavelmente envolvem a jornalista Bradley Jackson (Reese Witherspoon), que entra nessa história para aumentar ainda mais a tensão. O velho embate entre o jornalismo de vitrine encarnado em Alex e o jornalismo raiz de Bradley torna o ambiente ainda mais tenso.

 

 

 

 

Palmas também para os diálogos cortantes e imprevisíveis, como quando Alex vai se desculpar com a filha por causa do fim do seu casamento e, ao  perceber que está reverenciando a filha tirânica, solta o verbo e fala o que muitas mães por aí têm vontade de dizer aos filhos.

 

 

 

 

 

Dizer mais que isso da série seria adiantar as boas surpresas que ela nos dá, ao ponto de você viciar e não querer parar até o décimo e derradeiro episódio.

 

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