TRAGÉDIA NA SERRA Dor e emoção na queda de um ônibus em Joinville

Cinquenta e uma pessoas morreram em um acidente com o ônibus que saiu de União da Vitória no dia 14 de março, e que caiu de uma altura de 400 metros ao descer a Serra Dona Francisca, em Joinville, distante 250 km de União da Vitória. Os passageiros viajavam com destino a Guaratuba, no Sul do Paraná, onde participariam de um evento religioso. Entre os mortos havia crianças e adultos.

Outros oito passageiros do ônibus sobreviveram à queda, incluindo duas crianças.

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O prefeito de União da Vitória decretou luto oficial de três dias. Trata-se do mais trágico acidente da história de Santa Catarina se considerado o número de mortos.

A comoção chegou até o Papa Francisco, que por meio de um secretário do Vaticano, enviou uma mensagem às famílias das vítimas do acidente. A oração foi lida no dia 21 de março, durante o culto ecumênico de 7º dia na estação ferroviária que divide União da Vitória, no Paraná, e Porto União, em Santa Catarina.

No texto, o papa manda condolência e diz também sentir a do dor dos enlutados. Ele deseja eterno repouso aos mortos e  conforto aos sobreviventes.

Ao término das orações, foram soltos 51 balões brancos. Todos os presentes receberam rosas e um vídeo com a imagem de cada uma das vítimas fatais foi exibido.

 

CONCLUSÕES

Em maio, o delegado Brasil Guarani, que presidiu o inquérito que apurou as circunstâncias do acidente divulgou o resultado da perícia. Segundo ele, o motorista do ônibus que se dirigia ao litoral paranaense, Cérgio da Costa, estava alcoolizado no momento do acidente.

Conforme o delegado, Costa teria causado a tragédia por exaustão física, pressão psicológica e consumo de bebida alcoólica. Pelo laudo divulgado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), ele possuía 1,49 decigramas de álcool no sangue do motorista. A partir de 0,33, o motorista já é autuado e não pode dirigir.

Nenhum dos passageiros, no entanto, afirmou ter visto o condutor ingerir bebida alcoólica. A hipótese de que o motorista teve um mal súbito, levantada no começo da investigação, foi descartada pelo resultado do laudo cadavérico. Segundo relato de passageiros à Polícia Civil, a condução do motorista estava normal até a descida da Serra.

A perícia não detectou falha mecânica, com exceção do superaquecimento dos freios. O ônibus estava a 90km/h  no momento que desgovernou, e caiu a 120km/h, de acordo com a perícia  do IGP.

O inquérito final tem 550 páginas foi protocolado no Judiciário no mesmo dia. São 62 laudos, destes 54 são do IGP,  51 apontam a causa da morte de cada uma das vítimas. Outros dois laudos analisaram amostras de sangue do motorista para saber se ele havia consumido alguma substância, como bebida alcoólica. O último laudo é um estudo nos destroços do ônibus e no lugar do acidente.

 

 

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