Turistas canoinhenses que voltaram de Caldas Novas passam bem

Eles anteciparam o retorno por causa da escalada de preocupação com o coronavírus

 

 

 

A professora Silvia Maria do Prado Krull, que organiza esporadicamente viagens turísticas voltadas basicamente ao público da terceira idade, está triste com os muitos comentários que circularam pelas redes sociais sobre o ônibus com turistas que retornavam de Goiás para Canoinhas nesta semana. Ela reuniu um grupo de dez canoinhenses há semanas para completar um ônibus de turismo de Irineópolis, de onde mais 31 pessoas participaram da viagem. “Tenho uma amiga que trabalha com turismo em Irineópolis. Foi ela quem organizou a viagem. Como sobraram dez vagas ela me ofereceu e eu, como gosto de organizar essas viagens, convidei essas pessoas daqui, que toparam”, conta.

 

 

 

Quando eles viajaram no sábado, 14, havia um alerta sobre cuidados com o coronavírus, mas nenhuma proibição de viagens. “Tomamos todas as medidas de prevenção e decidimos seguir viagem. Quando a situação se agravou interrompemos a viagem no meio e retornamos”. A previsão inicial era de que o grupo retornasse neste fim de semana, porém, em comum acordo os viajantes aceitaram interromper a viagem na quarta-feira, 18. Eles chegaram na quinta-feira, 19, em Canoinhas.

 

 

 

ACOMPANHE O ESPECIAL CORONAVÍRUS

 

 

 

 

No hotel em Caldas Novas, onde o grupo se hospedou, segundo Silvia, havia poucas pessoas e eles não cruzaram com ninguém que apresentasse sintomas de problemas respiratórios. Além disso, eles ficaram a maior parte do tempo em locais abertos. Antes de retornar, Silvia entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Canoinhas e perguntou sobre o protocolo a seguir. Dessa forma, ao chegarem em Canoinhas os turistas foram direto para o Posto de Saúde do bairro Piedade, onde passaram por exames superficiais e foram entrevistados. De lá eles foram diretamente para casa e desde então não saíram, seguindo diretriz da Secretaria de Saúde. Ao contrário do que se propagou, dos dez turistas canoinhenses, apenas quatro têm mais de 60 anos e todos passam bem. “Conversei com eles por WhatsApp agora cedo (sábado, 21) e todos passam bem, mas sigo monitorando em um grupo do aplicativo”, afirma Silvia.

 

 

 

 

 

“Fico triste porque estão se aproveitando desse episódio para questionar meu trabalho. Além de ninguém ter sintomas da doença, todos estão seguindo rigorosamente a quarentena. Não são ameaças”, afirma Silvia.

Rolar para cima