UPA de Canoinhas está com mais que o dobro de lotação

Alto número de presos foi um dos motivos que levou juíza criminal a fazer valer portaria

 

A Unidade Prisional Avançada de Canoinhas (UPA) está com 176 internos hoje. Projetada para atender 70 detentos, a UPA está, portanto, com mais que o dobro de sua capacidade de lotação. Esse foi um dos motivos que levou a juíza criminal Dominique Gurtinski Borba Fernandes a fazer valer portaria editada em 2011 pelo então juiz à época, Rodrigo Coelho Rodrigues, que determina que a UPA de Canoinhas está impedida de receber presos de outros Estados e comarcas. É por isso que há quase duas semanas um rapaz com mandado de prisão expedido pelo Paraná está na cela provisória da Delegacia de Polícia Civil de Canoinhas.

 

Em entrevista ao JMais, Dominique explicou que teme pela segurança da UPA. Ela cita o caso recente de um condenado de Palhoça com extensa ficha criminal que fugiu da Unidade e foi recapturado em São Bento do Sul. Outro detento do regime semiaberto escapou da UPA na semana passada enquanto trabalhava na guarita. Ele ainda não foi recapturado. “Há casos de presos que vêm faccionados, com participação em PGC (Primeiro Grupo Catarinense), PCC (Primeiro Comando da Capital) e influenciam (os outros detentos). Enquanto juíza corregedora tenho de tomar essas medidas”, explica a magistrada.

 

Ela lembra que se não haver uma medida enérgica, fica cômodo para o Estado do Paraná deixar o preso em Canoinhas. Para ela quem tem de resolver a questão é o Departamentos de Administração Prisional (Deap) de Santa Catarina e o órgão que administra o sistema prisional no Paraná. “Trata-se de um problema administrativo”, reforça.

 

Ela frisa que, no entanto, ao tomar conhecimento da situação, reforçou o pedido de transferência para a Justiça do Paraná que, no entanto, ainda não providenciou a vaga para o detento.

 

 

 

 

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