Vereadores de Major Vieira rejeitam projeto que regulamenta diárias

Vereadores de Major Vieira rejeitaram por cinco votos a quatro, projeto de lei do vereador Dercílio Severgnini (PMDB) que regulamentava a liberação de diárias. Pelo projeto, votado nesta segunda-feira, 15, o dinheiro seria entregue antes da viagem e o vereador teria 15 dias para prestar contas com notas fiscais em nome da Câmara. Se gastasse a mais do fixado, bancaria do próprio bolso. Se não prestasse contas, teria o valor descontado em folha.

Votaram contra o projeto o presidente da Casa, Mauricio Sobzack, Juraci Alievi, Rose Paulitzki, Sidney Sphair e Silvio Kizema.

“Tenho certeza de que aqui em Major Vieira conseguiríamos fazer uma economia de R$ 300 mil por ano (se o projeto fosse aprovado). As diárias não contam a gasolina gasta nos carros e o custo de inscrição dos cursos. Esse projeto vem ao encontro das necessidades da nossa comunidade. Nossa cidade é mendiga e precisa desses 7% que é passado para a Câmara. Temos de seguir o exemplo de Canoinhas, que devolve dinheiro no final do ano para a prefeitura. Esse dinheiro pode ser destinado para a saúde, para a educação”, disse o autor do projeto.

Uma declaração de voto foi lida pelo primeiro secretário, Juraci Alievi, em nome dos cinco que votaram contra o projeto: Ela diz que o projeto não reduz despesas e afirma que o valor das diárias é insuficiente. Segundo o primeiro secretário , a diária para Florianópolis é de R$ 250 e R$ 500 para fora do Estado. Quando Alievi fez essa citação, Severgnini interrompeu-o afirmando que são R$ 1,8 mil pagos em diárias para viajar para Curitiba e Foz do Iguaçu (PR). “A redução de custos tem de ser apresentada em projeto que englobe redução de custos do Executivo e do Hospital São Lucas também”, afirma a declaração.

Severgnini tentou interromper a fala do secretário, mas Alievi colocou o projeto em votação rapidamente. Os cinco contrários se levantaram, levando a mesa a arquivar o projeto.

Votaram a favor do projeto, além de Severgnini, Luizinho Koaski, Danilo Guedes e Augustinho Carvalho.

Dercílio chamou o projeto de “vergonhoso”  e disse que vai levar o caso adiante. “Vou juntar documentação e levar pra delegacia”, afirmou.

A mesa diretora da Câmara estuda abrir processo contra Severgnini na comissão de ética da Câmara.

 

 

 

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