Vereadores negam pedido de cassação de mandato de Neuzo Genérico

Foto: Paulo Glinski (à direita) foi um dos parlamentares que defenderam a permanência de Neuzo Genérico (à esquerda) na Câmara, durante manifestação na sessão ordinária de segunda-feira, 4

Diante das informações veiculadas pela imprensa de que o vereador Neuzo Genérico (PSB) poderia perder seu mandato na Câmara, vereadores canoinhenses negaram a possibilidade de qualquer um de seus pares apresentarem requerimento solicitando o processo de cassação.

Genérico foi condenado pela venda de CDs e DVDs piratas no centro de Canoinhas. Teve recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, com isso, o processo transitou em julgado. Pela prática que cometeu antes de ser eleito vereador, terá que pagar cestas básicas ou realizar serviços comunitários.

No retorno do recesso parlamentar, na noite de segunda-feira, 4, vereadores se manifestaram favoráveis à permanência de Genérico até o final do mandato.

Paulo Glinski (PSD) foi o primeiro a defender o colega de Casa. Disse que salvo decisão judicial, em que todas as partes teriam que obedecer, o vereador não corria riscos de perder seu mandato no legislativo. “E no caso disso acontecer, mesmo assim teria os recursos e poderia fazer as defesas”, afirmou ao garantir seu apoio a Genérico. “E se viesse para plenário alguma votação para definir o futuro do vereador na Câmara, antecipo desde já que voto em favor de sua manutenção”, acrescentou.

Wilmar Sudoski (PSD) também manifestou sua solidariedade ao vereador, lembrando que o voto dos 825 eleitores de Genérico deveria ser respeitado. “Pelo companheiro que é e pelas pessoas que acreditaram no seu trabalho e na sua competência, digo que se depender do meu voto você irá permanecer nesta Casa até o último dia de mandato”, falou.

Outros dois vereadores comungaram da mesma opinião. Para Renato Pike (PR), a venda de CDs e DVDs piratas “era o ganha pão do vereador naquela época”.  Chiquinho da Silva (PMDB) fez questão de tranquilizar o colega. “Pode ter certeza que ninguém fará nada para que o senhor (Genérico) perca seu mandato”, complementou o peemedebista.

Pelo trabalho que o colega vem desenvolvendo no legislativo, Osmar Oleskovicz (PSD) disse que acompanhava a decisão dos demais vereadores da bancada pesedista.

Novo presidente da Câmara, João Grein (PT), acredita que nenhum vereador votaria pela cassação de Genérico. “Falo fora daqui (Câmara) e ainda sou ousado em dizer que se for para votação, nove votos são pela permanência do vereador. Já que unanimidade não poderia ser pelo fato do Genérico estar impedido de votar”, ressaltou.

Na época da veiculação de matérias sobre a possibilidade de cassação, o então presidente Neno Pangratz (PP) também já havia se manifestado contrário a perda de mandato. “Acho difícil que isso ocorra. O Genérico é bem quisto pelos colegas”, disse ao portal JMais.

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