Decreto do prefeito Beto Passos diz que toda movimentação de funcionários deve ser notificada
NINGUÉM VEM NEM VAI
O setor de “construção civil”, serviço não essencial, deverá prorrogar por 30 dias a vinda de novos trabalhadores advindos de outros Estados da Federação. É o que diz decreto publicado nesta quarta, 6, pelo prefeito Beto Passos (PSD).
Toda movimentação de funcionários, seja de entrada ou de saída do Município, deverá ser notificada e acompanhada pela Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológica do Município de Canoinhas, principalmente informando o meio de transporte utilizado e procedimentos adotados com a finalidade de garantir estratégias de prevenção da transmissibilidade do vírus no âmbito do Município.
A empresa que demandar mão de obra para construção civil advinda de outros Estados da Federação deverá disponibilizar meios de contato para denúncias em caso de descumprimento das recomendações fora do horário de expediente, dando ainda, ampla publicidade desses canais de comunicação.
As questões relacionadas ao transporte coletivo de trabalhadores devem seguir rigorosamente as recomendações dos Decretos do Estado de Santa Catarina e comunicado antecipadamente às autoridades sanitárias para que possam garantir fiscalização e controle adequados à situação da pandemia.
Na terça, 5, o vereador Paulo Glinski (PSD) questionou como uma empresa terceirizada conseguiu trazer 50 trabalhadores em um ônibus para Canoinhas em plena vigência do decreto que proíbe o transporte coletivo pelo Estado.
Ainda sobre o assunto, uma pesquisa publicada pelo jornal Folha de S.Paulo no fim de semana mostra que 88% das obras de construção civil seguem em andamento no Brasil.
BÔNUS
Carlos Herbst, contador da prefeitura de Canoinhas que assumiu informalmente a Secretaria da Administração no vácuo deixado por Morgana Lessak, foi agraciado com dois bônus salariais ao mesmo tempo. Juntos eles correspondem a 60% do salário do contador. Um é por adicional de tempo integral e o outro por gratificação de função. A coluna procurou Herbst, mas depois de 15 minutos na espera, a ligação telefônica à Secretaria de Administração caiu.
MÁSCARAS
INFORMAÇÃO CORRIGIDA ÀS 13h15 DE 7/5/20
Canoinhas pagou R$ 25 mil por 10 mil máscaras cirúrgicas a serem distribuídas para a profissionais da Saúde. A Saúde Imperial Comércio de Produtos Hospitalares vai receber R$ 2,50 por máscara, portanto. A compra urgente foi feita com dispensa de licitação.
As máscaras têm controle de qualidade certificado pela Anvisa justamente para garantir a integridade física dos profissionais que estão expostos ao vírus.
Pela recomendação do Ministério da Saúde quem não é profissional de saúde pode usar de tecido. Pelas de tecido o município pagou R$1,75 a unidade; sendo que chegaram até agora 10 mil unidades que começaram a ser distribuídas hoje.
MESA BRANCA
O deputado estadual de Goiás, Major Araújo (PSL), propôs criar uma bolsa de R$ 2 mil para vítimas de feminicídio. Tudo bem se as pobres das beneficiadas não estivessem mortas.
R$ 500 bilhões
é quanto a pandemia de coronavírus deve retirar da economia brasileira
UTI
A maioria dos estados brasileiros deve atingir neste mês a ocupação máxima dos leitos de UTI no Sistema Único de Saúde (SUS) por causa da epidemia do novo coronavírus.
No sistema privado, um número menor chegará ao limite de suas Unidades de Tratamento Intensivo em maio. Até o fim de junho, porém, a maioria dos estados deverá ter os leitos particulares e públicos lotados.
Durante o período de ocupação máxima, a falta de UTIs no sistema público pode atingir cerca de 20 estados e durar, em muitos casos, aproximadamente dois meses.
84%
foi a perda de valor de mercado das empresas de cruzeiros marítimos – maior que a das companhias aéreas, que recuaram 60%
BEIJO, ME LIGA
A pandemia fez o mundo retomar a antiga prática de ligar para as pessoas, e não só ‘mandar áudio’. A quantidade de ligações de voz mais que dobrou nos países com alto número de infectados pelo novo coronavírus, como é o caso do Brasil.
ABORDAGEM POLICIAL
O deputado Jessé Lopes (PSL) criticou a aprovação, pela Assembleia, de uma moção que pedia a mudança nas abordagens policiais em comunidades da Capital que convivem com o tráfico de drogas. O parlamentar exibiu um vídeo mostrando bandidos armados. “Esse é o ambiente que a polícia encontra no (Morro do) Mocotó. O que a polícia pode fazer? Tratar com flores?”, afirmou.
Segundo Lopes, o resultado da moção foi uma ordem do comando da PM para que não fossem feitas mais operações no local. “Os traficantes estão comemorando”, disse.
Em apartes, os deputados Coronel Mocellin (PSL) e Maurício Eskudlark (PL) apoiaram a manifestação de Lopes. “Passou despercebida essa votação da moção contra a ação da PM. Fui cobrado por inúmeros policiais por isso”, disse Mocellin. “Quero me solidarizar com a PM. Sabemos como é o submundo, se não fizer nada, vamos virar o Rio de Janeiro”, completou Eskudlark.
O autor da moção, deputado Paulo Eccel (PT), rebateu as críticas e ressaltou a importância da Polícia Militar. “Não aprovamos uma moção de repúdio, mas uma moção de apelo ao governador e à PM, para mudar a abordagem nas comunidades no combate à criminalidade”, explicou Eccel. “O que se pede é uma mudança nos protocolos de atuação. Não é possível que se esqueça da existência das pessoas de bem na hora em que se faz uma operação da polícia, foi somente isso. Que se procure estabelecer um diálogo, uma nova abordagem”, complementou.
APOSENTADORIA DE MILITARES
Deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB) defendeu a aprovação do PL 112/2020, que aumenta a idade limite para a aposentadoria de policiais militares. O PL faz a adequação da idade limite da PM catarinense ao que já é praticado nas Forças Armadas. Na justificativa do PL, Caropreso explica que a exigência de curso superior para ingresso na PM, junto com o tempo mínimo de serviço de 35 anos pode causar situações, por exemplo, em que o militar atinja a idade limite no posto antes do tempo mínimo de serviço.
AUTOESCOLAS
O deputado Mauricio Eskudlark criticou os critérios estabelecidos pelo Detran para funcionamento dos Centros de Formação de Condutores (CFC). “As autoescolas têm salas para até 35 alunos. Com esse número, tem funcionários, professores. O Detran, sem consultar ninguém, determinou cinco em cada sala. Como a formação leva duas semanas, eles só conseguiriam formar dez alunos por mês, e com isso não dá para sustentar os CFCs”, afirmou.
Como solução, Eskudlark apresentou um projeto de lei que regulamenta a atividade durante o período de pandemia. “O PL autoriza funcionar com 50% de lotação da sala, com assentos de forma alternada, 1,5m de distância entre cada aluno e bloqueio físico nos bancos não usados. Além disso, exige máscara e álcool gel em quem entrar no CFC”, explicou.
“É um absurdo políticos quererem tomar decisões no lugar dos médicos. Imagine Trump ou Bolsonaro numa sala de operações dando ordens a cirurgiões sobre seu trabalho. Alguém se arriscaria a passar por isso?”
de John Barry, autor de A Grande Gripe, verdadeiro tratado sobre a Gripe Espanhola, que assolou o mundo em 1918