De A Gazeta
Com capacidade para 72, mas atualmente com 335 detentos – sendo 28 mulheres –, o presídio regional de Mafra começou o ano bastante movimentado. Cerca de 180 presos participaram de um motim na quarta-feira, 7, segundo o diretor da unidade, Airton Hammerschmidt. Por isso, as visitas foram suspensas em determinadas alas. “Cortamos esse benefício temporariamente, até restabelecermos a ordem e as celas serem consertadas”, explica.
Conforme o diretor, como houve identificação de alguns participantes ligados diretamente ao ato, eles foram submetidos às chamadas medidas de segurança e podem ser transferidos definitivamente para outras unidades prisionais catarinenses. De acordo com Airton, porém, uma parte dos detentos continua recebendo visitas normalmente – uma vez por semana, durante cerca de três horas.
Cerca de 40% do detentos são de São Bento do Sul, explica o diretor. Também há presos de Mafra, Rio Negrinho, Papanduva, Itaiópolis e outros municípios. O presídio regional deveria comportar apenas presos ainda não condenados, os chamados presos provisórios. Porém, segundo Airton, quase metade dos detentos – 150 pessoas – já recebeu condenação e, portanto, deveria estar em penitenciárias. O diretor do presídio diz que a construção da unidade prisional de São Bento do Sul deve desafogar sobremaneira o local.
PROTESTO
Na semana passada, grupo de mães de alguns dos internos foi até o Fórum de Mafra para protestar pela decisão. Elas alegam que seus filhos não estiveram envolvidos na confusão e, mesmo assim, acabaram sendo punidos da mesma forma. Elas pedem que a decisão quanto às visitas seja revista.