WestRock é autorizada a fazer estudos para exploração da Flona

Estudo é o primeiro passo para início da retirada de árvores exóticas da floresta

 

 

O Serviço Florestal Brasileiro (SFB) concedeu nesta segunda-feira, 4 à WestRock, o direito a proceder um estudo de manejo de mata exótica na Floresta Nacional de Três Barras (Flona). A autorização permite “a realização de estudos de viabilidade técnica, econômica e financeira para a concessão de exploração de produtos madeireiros, não madeireiros e serviços na Floresta Nacional de Três Barras”. “A Comissão decidiu em autorizar a empresa por WestRock Celulose, Papel e Embalagens LTDA e não autorizar o interessado Jefferson de Souza por não atendimento do escopo do estudo definido no Edital de Chamamento Público”, publicou o SFB.

 

 

Este plano é inédito fora da Amazônia e servirá como um programa piloto para florestas semelhantes à Flona de Três Barras em todo o Brasil.

 

 

 

Coordenador da Flona de Três Barras, Carlos José Ribeiro da Silva, disse em entrevista em setembro ao JMais, que “quando falamos em manejo florestal na Flona nos referimos tanto aos plantios exóticos (pinus), quanto aos plantios nativos (araucária). Também haverá a possibilidade de manejo em alguns remanescentes de mata nativa no interior da Unidade. Para os plantios exóticos (pinus) pretende-se o corte raso com a posterior recuperação ambiental destas áreas. Para os plantios de araucária pretende-se o desbaste embasado em estudos científicos. Já para os fragmentos nativos pretende-se o uso múltiplo da floresta, com aproveitamento de produtos madeiráveis e não-madeiráveis”.

 

 

 

A autorização à WestRock ainda precisa ser confirmada porque pode haver recurso por parte do preponente desclassificado. Não havendo recurso, o projeto segue para análise do SFB. Caso aprovado, a WestRock poderá iniciar os trabalhos na Flona.

 

 

 

A FLONA

O Instituto Nacional do Pinho (INP) criou em 1944 a Estação Florestal do Rio dos Pardos, depois Parque Florestal Joaquim Fiuza Ramos em Três Barras, visando a implantação de reflorestamentos, principalmente de Araucaria angustifolia (634 hectares entre 1945 e 1957). Com a extinção do INP em 1967, a área passou ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), quando já haviam sido iniciados o cultivo e o fomento de pinus elliottii (1327 hectares entre 1957 e 1981). Em 1968 a área passou a ser denominada Floresta Nacional de Três Barras através da Portaria 560 do IBDF.[3]

 

 

 

Com a extinção do IBDF, em 1989, passou a ser administrada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Sua administração está atualmente a cargo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) órgão federal criado em 2007.

 

 

A Flona de Três Barras ocupa uma área de 4 385,33 ha. Trata-se de uma unidade de conservação federal de uso sustentável, na categoria Floresta Nacional. Tem como missão a demonstração do uso múltiplo e sustentável dos recursos naturais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável da flora nativa.

 

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